A Estrela do Norte 1863
• A ESTRELLA DO NOR~ 1 B. 373 de toJ cs os melhoramentos po siveis, e · que a rnsáo pro1fr i:1. pa ra o cultivo da inLelligeucia he a "·ossa idad f', a idacte ju– venil. Se a. ra~üo ·não ó outrn cousa ma.is do que a faculd ad e tle receber i-u.strncçáo, o J omem sem in t rncçi'.o apenas apnistu– tari a triste idéa do i11complcto da ex – cellcncia de seu ser: oem essa con rlicçlo, que, o colloca -H.ei J a creac;ão-na so– ber:mi:a da int.elligeucin, uuica v erdadeiro, elle ení, se núo Yi etin1 a elas alheiM pai– .:.: úes, ludi brio L1o., pro prios nffcc:los, porque só a rasáo escla recida por me: u dos o•·– tudos, 11 e potlfrá :-;en·i r tl tl Lnssoln. pr,ra n:i0 naufr~ gnr nos cachopos, de que está semeado o mar k 1npes tt1 so d.-1. existencin. Se a raeúo é o nobre distinctivo do homem na amplidão do gcnero ani1n:d, s6 a l'il~ilo _ill usu·:ula ·é qno o !'ode ennobreccr entre os iadi1'itl110.s Lln sna própria espct ie, E' pois r1 in:itrucção, S1::nhores semiup. – ristr,s, um thesuuro, qt:c v!l lc a pcn1t pro– curar a custa de con,,tante trabalho, e aiucla de pesados sncritirios. E' um the– souro, não como ouLtos corrnpt iveis, e _suscepti,,eis de perder-se por 'lnalq uer vi cissitlHle da fortuna; mas qnc acompauha sempre ao homem ern todas as cii'cnsu– t ancins da vida, ou prosperas, ou de gr~ça– das, sei vindo-lhe de 'aJomo na riqueza, e de ri'quew.. 11a pobrcw. • E' s6 com o t,lrnsuuro da instrucçii.-0 que o homem poder:í. adquirir titulas reaes, pelos quaes se torne di_gno da publi ca. con, sidern<,·.ío, e que bem se collocnrií na po– siçào fel iz de pree11ch0r os deveres da sua mis~ão ,,a sucieJ atle, sendo ulil a si, e nos seus se1J1e!ha11tes. Oh l sobre tudo, Sc;nho– res serni11ari~tas, nessa missão tão c!cvad~ a que \7Ôa dcstinaea, para serdes um di:~ Mestre$ cm Jçrael, e a grande lttz, que deve brilhar entre os homens. Se pois p6cle ter o homem motivo de um justo J esvanecimento, é quantlo ell e póJe contemplar o seu espirito epriqu e– cido com a posse desse inapreciav el the– souro. Não ilescouh eceis esta. verclnde, Senho– res _s~mitmri ~! n 3 , assim como que é s6 na R~ lig1i.io _quo te1n O e$tudo d11 s lettras a ,•Nv:.1 rn a1s v!goro_sa, qne O pode fecunclar, e: fa~tr procl!tztr mimozQs fr uctos. A vant.e, pcH•, _nutndos _com o lc:ito de · sua santa ddut-rma, e fJ. iados sob A. guarda. de eoo mão poderosa. Ainda não haveis chegado ao termo da vossa carreira; ainda se vôs apresentam no vasto campo das lettras no– vos tropheo.::1 :í conquistar, novos lonros :í colh er. Prnza a D cos que possais conti– núar perseverantes, auimndos do brio, que vôs tendes proposto na tarefa gforioza. dos eBtudos : assi.m como que- os premio.s, quo V~ vão ser c~nfericws pelas mãos do no..so 'primeiro Mestre n as virtudes e nas lettras, nosso melhor J[ecencis, Protector na to deste Estabelêcirnento, que elle· se desvela por levar ao apogeo da perfeição, po~sam esses premios, digo, ser para vós o mais nobre incP-nti vo, assim como . a. t11ais severa ccnsu;a. a todos aquolles que <lormiram o somno•vergonhoso da inercia, e qne na exhil1içã.o dn,; pro\ 0 as de sei!s estndos dernm o triste c:;,p~ctaculo ela maLS desairosa frouxidão. As proprias pcrseg1iições, que tant?s Martyres produzir.:;.111 110 berço da chr~s-· ta1iclaclc, nunca embnrnçar:i.m· que os chr1s, t:10s ·sc aju111asscm pn.ra cclebr~tr as Fes– las da I g reja. Uma Virgem clm_stan chi;• mada. A11ysia, caminhava um din. par:t ir celebrar com os mais fieis estas Festas. Ao passar viu- a um guarda elo Impera• <l'or Diocleciano, e enca ntado do seu ~orte e moJestia, toinou-lhe a frente e lhe ~1sse: E .,pet:t um pouco; onde vás ?-,A:-nys1_11. te– menuo alrrt1 ,n insulto fez sobre SI o s1gnal J a Ornz JJara obter D cos .a - graça de resistir :í tentação. O soldado Julgaudo-se vffcu clido por nfw responrler ~li a .senão, por eslc sigunl, r eteve-a e lhe disse ira do:- - Não me respondes? Quem é3 tu, ond~ vas? - Eu sou ser vq. de J esus Christo, disse a donzclb oom~oragem, vou P::'-ra a As– sembléa do Scnliõr, P ois eu farei ?ºm que tu l:í ni!o vás, levar- te-b_ei comm1go para sacrificar aos deuses: hoje vr.rnos adorar o sol e tu o adorarás comnosco.- E di– zeudd isto arrancou-ihe v iol enta mente o '\"ÓO do rosto. Anysia, :i.~sopran<lo-lhe n11. face, disse-lbe: V ai, miseravel; Jesus Ohristo te castigará I O soldo.do , todo fu. rioso, puxou pela espada, e a traspassou. ~-:lla c:i.hiu bauh::i <l1L em sangue, e 11ua a lma pura foi coroad:.i. no Oéo. .,
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0