A Estrela do Norte 1863
A ES'.l'RELLA DO Nült'l'E. 343 a cabam de perder um cavaJlo que lhe brança de sna a.pparição os soccorros da servia para transportar suas provisões ao caridade de nosso venerando t'on'titlcc. mercado. " E porque, disse ·clle para si, já que Deos atloça as penns que sentimo 11 é tito bcnefico o novo P a.pa , não irei no seu serviço. en pedir nm dos ca.vallos de refugo de süa estribaria p :i.rn substituir o meu? " Dito e feito. Chegado ao palacio cn• 'controu nosso homem ao pé da, escada o secretario de · Sua Santiclade, que de boa vontade se encarregou do requerimento. O Papa achou a idfo excelientc, e ll:1ªº· dou dar un'i cavailo a este pobre l1omcm com dua~ peças de omo para arranjar i;eus negocios. "Era de vêr, ' aj unta o auctor a quem tomamos' de cmprcstimo esta nnccdota, cm de ver a d cgria deste homem I Mon– tado cm seu novo ca,·allo, que achava soberbo, gallop:wa no quartci.r:i.o dos Jfonti, com suas duas moedas ua mão e gritando: -Vii-a Pio IX! 'Viva Pio IX . " À. cru~ do ouro, Um zeloso m1ss1011ario, no decurso de suns missões, tc,c a felicidade de fazer voltar parn b eos um mancebo que at6 então andava muito no mundo. A SU:\ convcrsilo foi sincera e tão solida, que unicamente occupado da sua salvação en– trou cm mna ordem muitissimo rccom– mendnvcl por snas virtudes. Depois de muitos annos iutlo o missionaria cm vi– agçm, e tendo de passar perto do sitio on{ic estava o seu cónvertido, quiz ter n consolnção de o l'Cr. Logo qnc se re– conhecernm abraçaram-se com a maior alcgri:1, e o mrssionario porg111rtc11 no seu cliscipulo se cstani contente .... se o jugo do Senhor lhe parecia suam . ... e final- mento como se a.chava n_a sua nova vida. - O religioso responde u : " urro pode ser peior; o silencio, a abs~inencia, as \·igilias, E' uso em Roma trazerem ~s. moças tndo me custo., tanto como no primci.ro no pescoço nnrn, cruz de ouro. JOW, que- dia; a minha cella é para mim uma pri – rida, de que niuguom se separa senão ua são ; nunca de lá saio, para o côro ou ultima extremidade. E á. este triste npuro parn outra partP, que não sinta uma nov:l se acl1 ava reduzida uma joven romana que rcpngnancia e um novo enfado. " O mis- 1,ara. comprnr pão pnra a velha mãi tinha sionario escntava-o com tristeza e 11ito 1;ido obrigada. a vender sua cruz de ouro. sabia, o que há-via responder, qun,ndo, " Dõn mãi, diz ella e11t.ranclo em casn, vendo o rel igioso a sua dôr e o seu em– tram1uiliau-'te, aqui c,Mi prro para algu11 baraço, lança- se nos brnços do seu mes– dias, e dizem qnc ,·:m1os ter muit11t obrn; tre, aperta-o ternamente, diz-lhe tudo Pio IX no~so bom pai já deu snas pro- lianhaclo cm lagrimns. " Porc.' m, meu caro vidcncias. N ,w terás mais fome ; consola- pni, meu verdadeiro pai em Jesus Christo, t i', Ko~so Senhor n,io uôs abaudonar(i. e omo tudo isto cm que acabei de f:dlar– l'io IX ,·c:J;i sobre nôs. " ,·ôs :,;e torna Jcyc e consolarlor, quando Algnm:1 ~ l1nrns d0pois Pio IX sabia penso que com estas pPnas e1·itarci as tuJo. lD ua. tarJe do dia em qnc tinh a. a do infernó, e que Dcos tendo compaixão rnp:uiga feito este bcllo acto dll piedade de mim recebcr-1nc-ha no seio da eterna fili al e mostrado uma trro sincera confi- Bema,cnturança I Quando assim penso nnça en1' Pio IX, recebeu elhL do Quiri- tudo se mb toie. suave o consolatlor; nnl uma cnrln. cm que vinl1 a inclusa sua todos os dias bcmdigo o nosso Salvador qnerida cruz com cinco m~edas de ouro. pela minha sorte e pela minha felicidade." Continha a carta. esta:, l111bas : " E' cr,~sim a CC'l'<l!JC?n inspiz-ad(t pelo " Minha chara filhn, tivestes raziio de pensamento das verdades, quando se está " eRperar cm Deos: esperar cm Pio IX: dellas bem penetrado. A final Deos adoça, " elle velará para que vossa mãi e v6s tudo wm sua graça, e as COllSas mais pe• " não morr~ca de fome. " . nosas tornam-se consoladoras pela causa Ná~ urec1sa. <lizer que a, promc~ fo1 porque nós a fiO.(fremos, e oJfereccmos ao cumprida.: o mysterioso agente que tmha Senhor. Aquell,es que n6s lamentam n-0 nosso trazido a. carta, rcapparcceu frequente- estado, diz 8. Be-rnardo -i:ccm, os espinhos _mente ; e cada vez deixavt1, como lem• e não veeni as rosas. "'
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