A Estrela do Norte 1863
• .. ) . . A ES'rRELLADO NOR'l 1 E. Tenho a honra de ser, Senhor, com o mais. profundo respeito De V ossa Magestade Imperial H11milissj1no, Obedientiss1mo e Fidelissim9 Subdito. t ANTONIO, DISPO DO PARA'. não arrefeceu a.inda o fogo do verdadeiro patriotisnío. O momento é solemne. Não é s6 o inimigo externo que nos insulta; its rnnis tristes e humilhantes represa.lias s:io as d'esse outro inimigo que ôs ataca pelo intimo, d'esse egoísmo atr0z e sem crenças qne ahi vai Toendo, como um can– cro devorador, todas as fibras sociaes ; d'esse matcria1ismo abjecto que a.hi vni degradando tanto caracter elevado, aba- Camet:í., em Vjsit~ Pastoral, 28 de J u- tendo tanta bella coragem, abafando tanto lho de 1863. nobre impulso, e ameaçando fazer das ' nossas populações, vigoroso encherto da Algun s rasgos da vicln. d e P io IX. r:1ça latina no tronco americano, um rame dessecado e sem vida, curvado para a terra e inscnsivel a todos os illfiuxos do Céo. (). momento é solemne, decisivo tal– vez, Senhor. As nações éomo os indivíduos t em instantes preciosos de graça, que nunca se desprenam impunemente. . Possa o governo do meu paiz compc– notrar- sc profundament.e da verdade desta maxima dé um dos mais illustres e sa– bios escriptores deste seculo: que a po– litica se fortifica com. tudo _o que ella con– cede d, R,elig ião. Possa clle ter sempre em vi sta aquclle outro luminoso principio de grr.ncle Bossuet : A boa constituição do corpo do E stado, consiste e1n duas cousas, na :Religião e na y"llStiça. · S ão estes os princípios interiores e constitutivos dos E stados. Por uma se dá a D eos o que lhe· é devido, e por oiitra se dá aos ho- Com urn y"udeu. - . Um dia passando o Santo P;idrc á ailluma distancia elo quarteirão c)o Ghet_t~ ·'1?.1 um desgraçado velho, e3tcmlido, quas1 sem vida, na calçada. Desce ela carru– agem, e Yai-se aproximando. - " E' um judP.o " - dizia o povo; e ninguem lhe dava auxiJi q. - " Que estaes dizendo ? exclamou o P apa dirigi ndo-1re' aos assistentes. :Não Ó um de nossos semelhantes qne soífre ? cmn pi;,e socoorrêl-o. " E levantando-o cllc mesmo, :1j11daclo dos Prdnd0s que o accompanhavaru, fôl-o pôr na scge, lc\·ou-o para casa e s6 o deixou uepois que elle voltou a si. Pão rui?n. mens o que lhes convém. Algumas semanas depois desta a'Ven- Qua11to a 116s, Senhor, que temos por tura um soldado que se acha, a á porti– missão velar na conservação destes gran- nhola do coche de Pio IX no momento des interesses dirigindo os povos pelos em que elle apeiava apresentou-lhe uma caminhos da salvação, não podemos ficar ração de pii.o: cabelos e irç passiveis á vista dos perigos " Santo P adre I olhai e vMe, lhe diz que nos ameaçam. l~is porque lev.'l.mos ·elle, eis o que nôs dão no qu:irtcl. " . nossas humildes rec1amaçóes ao pó do O pão era de má qualidade. throno, eis por que conjuramos resrieito- - Sempre vôs dúo assim? perguntou sarn ente a V ossa Magestade I mperial que P io IX. · se digne pôr termo . á~ - rueis ancicclad~s - Sempre, Santidade. •do Episcopado brasilei_ro,_ q_ue se_.v~ Já. - " Bem meu filho, replicou o 1:'ªPª quasi sem acção, tão dumumdo vai ~eudo com ar compadecido, vamos immcchata• • todos os ~ias em sua sagrada autoridade mente dar providencias. " pelas continuas invasões de poder secu- No dia se,,.uinte era soveramente pu• lar. Eis _porque emfi m lhe supplicamos nido o paclei;o e um pão de boa: qun· qne se digne mandar suspender a exe- lidado destribuido a toda a guarwção. cução <lo Decreto de 22 .de A bril, que _:___ torn:,, impossíveis os nossos Seminarios e E xcellentc maneira de arranj ar 1im cavallo. - AO qual não podemos cooperar sem co1n– pro1netter nossa conscienci.i. e o bem da Jg r,:ja. Um habitante dos Mo11tf, <?_uarteirão visinho do Quirinal onde habitav~ 0 Papa,
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