A Estrela do Norte 1863

• , Eb'l'Rl~LLA. DQ NOl'tTE. . ..:..= ========== ========= == queno Seminario da B ahia de uma ca– deira de L r.tim, Francez, Grego, Philo– sophia, R hotorica e Geograph1a, d,ando _as– sim esperanças aos ou tros Dispos do Im perio de obterem de um governo tâo amigo das lcltrns ig uaes vantagens para auas dioceses. Pc7.-se-nôs entrever até a magnificu pernpec tirn d~ um ensino su– perior offereci<lo á nossa. e11perJtuçosa. mo– cidade no gremio de Academi as ou Fa– culdadés theologicas e parecia que a roali– _sação <leste g rande dcsid.eratlim nlo se reta da va senão por sentir o Governo a necessidade de ajudar- nós primeiro a com– pletar o quadro ainda. mal, organisado e incompleto do ensino elementar dos ho • ■os Semiunrios. Est-a era ao menos minha. humilc.lc convicção, tânto que em data de 21 de J aneiro do anuo passado mé dirigi com toda co11fi:1n ça ~ Governo conju– rando- o que rue ajudasse a preencher uma elas maia sensi,·cis lacu11as, que cu notav:1 no programma dos ,estudos do S cmiuario, a de um'a cadeirn de Mathematicas ele– men tares,, disciplinas, que tanto cooperam para a illustraç;\o e solidez do esp írito, dando- lhe uma somma de conl •~cimentos uteis e liabituando-o áquella cl:ucsa de idl!as, 11averidade nas deducçõcs. e ordem rig orosa elo pensamento que são a· mais preciosa vantnge!l} que se p6cle colher dos. pri meiros estudos e o in t.rumen to universal para a acquisiçllo ul te•rior de t odas as sciencias, no pensamento do fa. moso d'A g ue3seau. Como eu pon d<:rava então ao Governo as sciencias e.x acta.a se tem tomado ~ soculo em que vivemos de tão frequc>nte applicação no tranco da vida ; e se acham tiio derramadas· per to- . das ll!l classes da sociedade, que fôra em verdade vergonhoso á um ecclesiastic:o ignorai-as completamente ; que por isso 1103 meU,ores Semiu:i.rios dn. Europa, cujos progrâmmas de estudos são tão sabi:unente combinados, occuparu as~ fa the· a ticas um lugar distincto, havendo cm todo~ ess~ estab eleci n entoa cnrsos. de Geornetna, Tri– gonometria Arithmetica e A.lgebrn acom pa.nh ados de alo-umas noções indispen- 11aveis de sciencias naturaes, e etn alguns, como em S. S ulpicio cursos cspeqiaes de F hysica. e Chimica ~ue se percorrem pa– rallelamente com os de Philosophia dll· rante dous annos rmtts de come~r-se o cur,10 theoloi i~. Fiz v ôr que de uteis descobrimen tos vi riam talvez apressar o Je envolvimento do uoss nascentõ imlust_ria, so os ope– rarioa ovangelicos, que fossem man<lr.doi, para. el!ses vastos· i:ertües em qu11 :i na – turesa tem desdobrado tor1as 112 suas pom– p·ns e •riqu~zae, l evassem comsigo os co – nhecimentos scienti:ficos neces,mrio:1 ao me– nos para distinguil-as e apreci:ü- as : que quom percorreu os annRes do espírito hu– mano, uão ignora qu:rnlo slo de,·edor:iu aos missionnrios cal.holicgs a Etlinogra – phia, a Oorograph iu, 11. Geographi a, a Bo– tani ca, a Mcdicin3, e outnui scitn ias hu– manas; que emtim o Governo I mperial que pensa j.i com providente solicitude m assegurar por estudos maia amplos e mais profundos a alta educaç;io intelle– c~ual do Clero brasileiro, promovendo o e:11.:lbelecin,ento de F aculdadca tbeolog i– cns em que a mocid:-ule cstndiosa apro– funde as ecicncia~ ,ee g radas, acharia, s1101 duvida e u. -ni ilnlc ir ,le:;de já preparando cs;;e lisonge iro Iut1,iro minia~n: udo aos Bispos os meios de cumple tarêm quRnto é passivei, o quadro dos estudos elemen– tar s dos pequenos e gum es S<>minarios, álim de que possam um d1 os alumnos dest~s cstahêlecimentol:l lcvnr aos cursos superiores aquella força o distinção de espirito, 9.ue são o fruclo de estudos elo mentares completos e sabiaruenti dir igi – dos, q'aes for::m1 ns gra.ves razões qne ponderei ao Governo para a creaçilo de uma cadeira ckl Mathematicas elementa– r es no Seminario tio Pará, e não menoe graves podem ter allegádo parn o (;lsta– belecimento ele uma de Histo:·ia profana, de Grammatica lingua acional, d'Exe – g_cs~ i ~li.cn , e de liugua grega., dis– c1plmas importantíssimas que fazem par.e ~ do ensino do Clero em todos oa paizes cultos, sendo o conhecimento desta ultinrn língua pârticularruente necessario aos que cultivam a sagrada 'l'heologia, por se acharem escriptos no bello ~aioma de Ho – mero, niio s6 muitos hvrÕs- da. E~criptura Sagrada, sen:to tambem uma grande parte doa mais venerandos monuruoutos da iro.• diça.o llllivcrsaL Pois bem, Senhor, o que fai o J)e– créto de 22 de Abl·il ? Em vez do satis– faz~r a estas_ necessidádes palpitante~ do ensmo ecdesiastico, fornéc endo aos Bispos oi conviment~ ll}eios p~m al1,rgar•m 01 •

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