A Estrela do Norte 1863

A ES'l'RELLA DO NO [tTE. O som a.leg rc dos . inos parece estar protc8t,:,ndo contra o fougo silr ncio, i que o in<liffr ren tisn,o os tiuh a condemna<lo. O velho nicho cheio ele' poe ira, onde se eucobri,L as Imag ens da San ti ·si111 a Vir,•em e do Deus meni no, Já. sacnrlio esse" pó, que sumia suas an tigas moldu– rn!!, e fofam en te já. se vê o Menino J e– eus so rrindo-se para :í Immacnla rh. Nesse di11, pois, ( D()m ingo t de ou– ti1 bro) r;eleb rani- ~e a foRLa da P adroi cr..i dess:i l g;rPj a ; tudo ..:ra de bom g•.> to ; :i illnmin r,ç.í.o do lem pk , etip~ lli,1va um· cln– rã.o seme lha ,,w ao dLJ s ostrella scii1 til lan– do no firrnan1eot1J. O scrn1 h,O an:ilogo ao acto na<h deixo•, á. de~ejar-sc. o~ cantu:;, sagra do,;, C'x ec:i:t:1 - dus c:om harnwni~, s1il,i:-1:n á, D.-.,,~, n,q, g1u entado com a~ pn~ees do.- a:;sidtcmtc~. que ahi vieram ~6 para ver e ouvir, r:1a~ qne, contrn sua vontarle, se 7i ram arr.1-"· P obres moças ! consid11rni- o an tes como 111n esposo fiul á seu Deos, e á seus de – vere~, <le nde o deboche teria dea \·iado os seus juram entos com (.'luta facilidade. como com qnc cllc c~qncccu- se de Deos; com que de3prcsa 5~a fawili:i, seu v elho pai, sno. mãi, e com o mesmu sang ue ·frio com que r ec.;usa saudar uma r.rnz qnc pre– cede :i um cadin ·cr que v ai :'i. sepultar I Ccm~itl erai-ci c0:nJ nm verdadeiro cbris• J,:io. qnc ,1m1, o•i cens com o mesmo co– raç:. o que ·:,ffcrr·ce (~ Deos no martirio : o homem <[,tC ora, Ílll occnte ou cu lpado, é se1 ,1p re rc;;peita \·cl. A p,•,-.'\ r clu,; c.,f,)rço;, da im iedade, lrn. J1at11reza• c1• raj o, a~, que resi, t~m :í lem– l'edtacte, q:tu dc,,p ·ezam a con,;icle.-açõcs ,1.i m1111du, ri ue . cgne111 e l~\·am a cruz c0m a .:ab-:,;a le vau ~ada, con1t> o primC'iros chri; tãos w, pr,~scnça. Lle N ero, e rlc T iberio. tatlo~ ás rei;iões da fé. S,i.o esses enk~ pri vi le 6 iaclos, que fi z('.· O hou:um é naturah 1011le rdi/:;.ioso Mui- r!un ·1trgir o~ l'Jmp k,s do seio dr. tP.:·ra, t aR \' c Zei,, porém, o re.~pc•i:o lium ,mo 6 ;:, Si:i.O ell - que O' l"l'('d;fi l!:in-, qn:indo lllll cauza priwaria <lo in<liíf. •rr ut,isrn o e fri e~: iougü ]lf:n udo de amws irrr.ligio -os duixou ,com que os christi:i.us clegenernclo~ trata11, " herva e o limo unirem-se 90m as pedras. as cousas rcligiusa,i : elles tem médo de se- Ca rlos Magno, S . Luiz crã.o na verJadc rem chamados hypocrita.s, beator, santar• bravos soldaJos : nao· recuavam diante <lo rõel', e papa-mislilas. A s vezes nn;ia fé ro- inimigo; o primf'iro enche seu imperio de busta mesmo, recua diente, dos sarcasmos monumentos religiosos~ que ainda duram : o que lhe dirige a impiedade. segundo fez levantar a santa capclla que Muitas vezes a màlignidade,, não tendo açoitado. pelas aza3. elo te1,npo, tisnafü~ pe• outra causa :í. censura em um emprega.à.o lo intcmperie das estações, acaba de ser publico, cm um capitalista, em um . mi- rest.auntda por pessoas in spiradas pela ide ia litttr cornjos0,,. lhc l:mça á face como in- christã que presidira á sua erecç:to. famia, a sua santa crença, conscqucncia A pcninsula cst:i cobcrti,. de ediücios r c• de sua exatid.ío no cumprimento de seus ligioaos levantados por imperantes g uer• deveres de chri stão, crença i ern a qual r"eiros : mas, me direis : " a impi edade en· ' uã.o :;cria bom cidadã.o, bom esposo, nem 1,iio nãv estava. n a. mod:i, · pelo contrario, bom · pai; porque o primeiro dever de tiuh:1r-se até vergonha de não se benzor; um christrro é cnmprir os de seu estado. to<lns queriam partir para a P alestina; Entret::nto que na nossa sociedade hoj e, :,, cruz brilhava em todos os peitos ; " era. . n impicd«de está n a moda ; ella repre- :i moda, dircis-vós- cr:,, fé, digo cu; s6 senta os papeis ma is e..i;i.grw.ç;idos: tem ~ a impiedade 6 '}11<\ t.r m m<;>das. - . l 8 ou 20 011110,, pcrfnffl'arl n, vc:~ti,lo n n TI ,te ml:'s1110 a<~udlc <1 •i.i t,:m pcJO de ul ti1uo goslu alg uus rn ut;us ap ~11as , ahitlu., n ,mmi ,· o sig nal de nossa rcd,:;11pç,i n, em– da infancia que já não se atr.everu a pregn. todos Ôs seus exforço3 par,i ,uhtcr venerar uma cruz que passa, n em á. a<lo- uma fita -que o chefe do Estado da :i.os rar o Santíssimo Via tico que vai á um que fem' bem ·merecido da pa.tria. E, 0 enformo, só com o medo de serem apa - que está suspenso nessa fita nã o O ·o nhados em flag rante dclicto de devoção, e mesmo obj ecto de que elle zomba ? P or• de serem . taxados de Jcsui'tismo. que, ou dourado, ou esmaltado, ou _de u,adeira, 0 _obj ccto que pen de uo p eito Algumas moças levianas olhão com do bravo, é sempre uma. cruz ! cPmpaixã.o um mancebo que pratica. a R e- 1,giua que lhe ellllina sua. pie<los:i. mãi. l~ Tn 1 oi;r11phia do Jornal do "1mozo1u1&.

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