A Estrela do Norte 1863
---..----------=--:- ,_ 1 30.0 A ES'fRELLA ~DO NORTE. O consul de França em Genova teve a fraqueza de consentir que assim fosse violado o direito das gentes e insultada, a . bandeira. Prorompen a indignação na França e o governo teve que pedir uma satisfa– ção a Turin. A imprensa revolucionaria dll. Italia tem brnmado ; o governo· italiano . pôz mil difficuldades,• mas, emfim, cedeu, e amanhã os_ cinco ·napolitanos serüo entre• gues ás ·autoridades francezas. · ( Do Diario Official. ) IJm:1 pagina da Blblla. " povo, qnando esta entrou com duas " criadas, que voltaram fechadas as por– " tas. E accrescentarr.m a falsidade atroz " que tinham imaginado parn delsnstrar " n. l1ourn. da ser'i'a do Senhor.. " Crêu todo o povo, pois que não peusava -haver tal maldade cm semelh:mles homens; e é por to"do elle condemnada a c.a~Lissima e innocentissima Suzana a ser ap1,drejada. Foi neste doloroso .transe qne Suzana lev:mtou n. voz, e dirigiu suas pab.vras a De0s, qnc parecia dormir; rua ' queria dei– xar chegn~ a estes termos a perversidade para. o castigo dos perversos, e maior . triumpho da inuocencia. Deos eterno, diz ella, que tudo conheceis, e a cujos 0lhos na<la, se esconde : V 6s sabeis qne he falso 'l'endo n6s visto a santa resolução d0 testemunho, que estes . scelerados compu– Suz:ma preferindo cair innocente nas mãos zeram contrn mim; eis-me aqui• conclem– dos duus raveis juizes, para soffrer uada, a morte infame. Ecce morior, cum os males, que lhe preparavam do que pcc• nihil lwrum f ewr-im, qure isti malitiosé - car na. presença d . Senhor, segundo wmposuerunt adversns me. Comtudo é con• l!uas mesmas palavras - Std melius est demnada 1 mihi absque opere nicidere in mo1111.s ves- Quando já ia a ser apedrejada, acode tra.s, quam peuare in conspectu Do mini: Deos a defender a sua boa serva. Elle Deu. 23. ; vamos vel-a agorn. j'usLifica.da, se serve do menino Daniel para confun e no triumpho da innocenci.\1. pelo socor- dir os malvados velhos. Pois de inspira– ro do Céo. ção divina clama este menino com grande Suzana entre as mãos dos dous per- voz no meio da multidão, disendõ :-Eu versos e impudicos grita com grande v.oz não quero ser culpado no snngne irmo– pedindo soccorro; gritaram os dP.pravados· cente, que v6s ides derramar: Mundiis tambem, ·e correu um a abrir a porta do ego sum a sariguine hu/us. Jardim. Os cri.a.dos, que ouviram os gri tos, Mandou logo separar os perversos um entrarnm por um postigo, ou Jn_,nella, a do outro ; e perguntou a cada um delles ver o que havia; e ouvindo ·os dous ve- separados, debaixo de g_ue arvore havia lhos, ficar:am confuzos, porque nunca ti- visto. os delin.quentes? Um respondeu, nham ouvido uma s6 p:i.lavrn, que des- que debaixo de um lentisco, e ontro de lumbrasso a, candura de costumes do sua um carrnlho. Oh I Foi então manifesta. e Senhorn. conhecid,1 a malvada impostura mudon- No dia, BeS"Jinte ajuntaram os dous per• se a scena; os dous scelerad~s foram versos o povil, e foram tiral-a de sua a.pedr('jados, e Suzana proclamada mno• casa, acompanhando-a toda. · a familia de- cente e levada em triumpho 1 bulh~da e~ lagrimas. Ap~areccu coberta,• ;Agora, ama.,·eis leitores, a que attri• o foi obngada a descrob1 r-se, afim de buiremos a fort:tleza e heroicidade desta que os dous ministros Sifsuaes se delei- famoza mulher? taesem ao menos na vista de sua formo• Direis ao sen temor de Dcos á sua aura. Puzeram sobre sua cabeça :is iui<1uas virtude e santida.de . Muito bem; porem mãos, para_ testificarem contra ella, · con• o qu" attribuiremos tudo isso? Vejamos, forme a lei. Então ella ?horando levan- o que nos diz o sagrado Escriptor, e acha– tou os olhos ao Céo, pois que seu cora- remos a razão: - Erat vir habitans Ba· ção tinha posto s~a. confiança no Senhor : bylone, et nomen efus Joakim : et acupit Qure ftens s~spexit ad ~lum :. erat eni~ u.xorem nomin~ Suza_nam, filiam Helcire, cor ejus jiduciam habens in Domino. pulehram nimu; et timentem De:um. Hou• " Andavam.os n6s no pomar, disseram ve um homem cm Babilonia, por nome " 0 dou!! impios na pre~ença de t-0do o Joaqnim, que tomou por mulhPr -e Su- •
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