A Estrela do Norte 1863
.. 34 A ESTRELLA DO NOR'rfü Eis 11q11i por')n e uma Religião tão opposta a propensões as mais vivas in. spira u rna uversão p ro funda a h om ens orgullioso;i. Qnnlqner caminho qne ns suas pa ixões sigam, elln se apre, enta para as comba ter ; nenhum tratado , ne nhuma con vr nção se ró-!e foY.er com clln. Elln nfLo soffre que se reiei r.e n err1 nmn só dns verdades que mand,t crer, ' n C'rn nma só das virtudes que rnnn. da praticar. P ensamentos, vontndP, ac– ções, nildn d eixa de regular; ella do– m ina inteiramente o hornem e o l,hp r tn lJOI' me io da obedie nci a, assim da fra~ qneza do espirita, que é o e rro, como da fraqueza do coração, que são as paixõrs. neverá, poL, admirar que ns paixões murmurem? Se, al g uma coma dPvesse io rprender, sena observar q ue a Religião, perseg nid8: pel_as p ,,_ixõe~, sempre conserva todavi a o 1mpeno qne c llas lhe disputa m. E convém nota r que o 0dio todo se concen1rn contra a Igreja Catbolica, porque s6 ella possue e excrcn a autoridade qne fere o or~ o-u lho. Qne ella creia, que e ll a ensi ne faes 011 tars dogmas, com isso não se inquietam os st nS inimigos; o que os indi g na é que ella recu~e a penn is– ~ão d e se não crerem . Por isso elles deixam em paz o p rotestantismo, 0 qtrnl ta111bem d t ixa em• J)fl Z iodas as opiniõe~, ou pelo menos não p6de proscreve r nenhuma sem violar o seu principio fundame ntal. Não nos illudamos: o atheism 0 é rnrn; quasi se reduz a uma duvida es pan tosa, confinada em. algnmns ai. 1 rn, s tcuebrõsas, para pallmr • nellas os remorsos. A maior parte doi homens ndmittel'líl voluntatiamente n neces j_ di1de de uma Reli gião, mesmo para s i : o que e1iger é que e!la lhes dei. :xe o espírito independente, ou que não seja lei sem o sgu consentimento. Taes são todos as fal sas religiões fun. dadas no exame particular; el las não mortificam, não inquietRm ningu@rn 110 rque a 11inguem dizem : Credr ~ i>orque, co~o se ~abe, em uJLiina a1~a. Jyse, não sao ma1.s do gue pensamen. to. de um homem, que não privam os <l emais hon1ens de pensar <l ilI'é re nte- 111ente . Ü orgulli0 está, JlC,i~, em segmança nestas especies de systemns pliil oso– phicos, nos quaes não exiHe autoridade nem obedieuda: antes offerecem 11111 inc< 0 ntivo tão lisonj eiro co 10 pe rnicioso . · Quando q~ialquPr h o ·nem f6rrna pnrn si a sna religião, é ordinn~iu mea – t@ melhor do ')ne e lla, por Isso que a fórma pnra si m esmo, e po1· conse– g nint e tul q11nl convé 1111 á sua razão, no scn carat:ter, ás suas inclinações; e lle de algu1ua sone ll1e assigna os _limi– tes na extremidade das snas p,11 xões, p corn,ervaudo-sc sempre sem custo á~11e111 delif•s, g lo ria-se da su11 perfei– ção. Não acontece assim e ntre os ca– tbolicos; el les são menos bons dn que a sua doutrina porque ella é rea l- 111ente a Lei ele Deos, lei perfeita, e qne exige do homem a. perfeiçã,1 do mesmo Deo" ou II perfe ita conform1- dnd e da raz'ão com a verdade infinita, e da vóntarle com a ordem c:terna. Sede perfeitos corno vo~_o Pai celes– tial é perfeito ( 1 ). •Tal G o fim a q1rn devcmosj dirigir-nos, fim a qu~ não chegamos sobre a terra, 1~orque ninda o mais j11s10 tem sempr~ 11 nmen:,;is fra– quezas para se humilhar profnnd~– mente. Assim que, a mesma consi– deração que nutre o orgulho do here– ge confunde O or~ulho do cathólico; e a s na fé por s1 mesma é fim neto de hnmildade, porqna ê nm neto de obedienein. Os e rros elo mnndo podem rednzir – se a um - a sobernnía do homem,--; os crimes tambem a um- a revolta contra Deos-, Todas ~s deso rdens <lo coração e da razão do.h1 procedem, co_– mo o effeilo da causR, Só a Reli– gião Catholic;:i, por~m, estabelece . pie• namente a soberania de Oco~, e a ~ie– pendencia do _homem, Eis a~JUl o verdadeilo, 0 un1co monvo do od10 ex– clusivo com que a hoaram ess;s h 0 _ mens que levam até ao faRatk:lmo o ( l ) Matb. e. lí, v. 4 s-,
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