A Estrela do Norte 1863

I A ESTHELLA DO NORTE. 197 Quando um protestante volll), ao seio ela I greja, converte-se. Quam'\p uni catho– Jico abandona :1. Igrcjn. por Jina seita pro– testante, apostiÍta. Porque esta differença? A fé Cat,holica, invariavclwente ensi– nada pela Igrejn. ha dcsoito seculos, se compõe de um certo numero de dogmas positivos, como a. uniclatle de Deos, a 'frindacle, a: Encarmu;:io, n. Presença Real, o Papatlo, etc. P arn ter uma cifr:1. redonda, supponhamos um instante que esses do– gmas são em 11umero J e cincocnta. Ad– mittindo esta supposiç.10, tqdos os christãos criam, pois, ·incoenta Llogmas at6 ao prin – cipio do s1-i o XVI, época em que n:io tinha havido nunca .scuáp uma fé na Chris– t:mdacl e. A Igrej,L grega, tendo negado no scculo X que o l!.:spirito-Santo procede Jo Fill10 e do Pai, e a supremacia do P Hpa, cm lugar de cincocnta tc,e s61nente qua– renta c nove dogmas; por onde se vê que, nós outros os catl1olicos, cremos semp re tudo o que a Igreja grega cre, em quanto ella, ao contrario, ncga duas vc:·dadcs que n6s cremos. A s seitas protestantes do scculo XVI levaram as cous:is muito mais longe, e ne– garam muitos outros dogmas. Sobre cin– cocnta, umas abandonam vinte, outra trinta; outr:as conservaram apemLS alguns; mas, ponco ou muito, os que cllas con– servaram, n6s os possuimos como cllas. A Religiüo Catholica, crê tudo o que cre:n as seitas protestantes; este ponto é in– contcstavcl. E stas seitag, qnaesqucr que scjnm, 11'io são rc.:ligi õe~, pois que elbs nií.o se for– mam seuão negando tal ou ln l dogma; são ncgrLçúe~, isto é, nada por si mesma~, porque desde que cllas aJJinuam, são ta– tholicas. Segue- se cl:ihi unia conseqnencia da mai– or, cvitlcncia, e é: que o catlwlico que passa para nma seit:1. prolcstaiitc, apostáL:1. 1·er– <lacleiramcnte pois que abandona c.:rcuçns, é nega hoj e o que hontem cria; entre– tanto qne o protestante_, que passa para a Igreja n,lo abdica, ao contrario, uen- 1111111 dogma, não nega nada do que cria; olle crc, ao co11 trari o, o que nr;g:wa: o qnc ó bem diff,rente. .Ji:ste racioeiuio sc111 rc:– plica é do contle Je Madre. " Por mim, cu censuraria um catho– lico que se lize~11.., protestante, porque n[L0 é pcrmit.tido ó.quelle que tem mais bus– car o me110s; mas ou niío poderia ccn- • surar nm protcsta11te que se Jize se ca– tholico, porque ú bem pcrmittido _.iqueUe que tem o menos buscar o mais. " Em 1825, M. o Pnstor de Joux abju– rou o protestantismo, e converteu- se á fé da I greja. ( Continúa, ) Fc!!ta!! Uciigio saS. No do111i11go, 7 do corrente, a Irman– dade elo Santissimo Sacramento da Frc– gnc7,ia. cb S6, fez celebrar a sua festa an– nunl com toda n. pompa. A Capclla estav:, ornada convenienlcmentc, e bem illumi– uada. Houve no sa.bbado vesperas as 8 horas da Hoit.e ; e no domingo orou á :Missa o Hcvd. Cura Severino Euzebio Jc Mat– tos C(J.rdozo : terminou-se n. Solernnidadc c~m urna L a.dninha cantada pelos meni– nos do C«tccismo e B e1f<FLO com o S:1.n– tissimo as 6 ½ horas da tarde, a que es– teve presente S. Exc. Revma. O Senhor esteve exposto durante o dia estando sem– pre cm Oração dous irmãos ela respccti ni. Irmauda<le, 11uc se rc·, csa1·am periodica– mente. 1 No domingo ( 14) a mesma Irmandade da. l!'reguczi:. ela Senhorn Sant'A.nna d;i. Campina, fez Celebrar asna festividade, O decoro e o ornato do 'l'emplo e.Alt:.r a.Uo:,;tavarn 11 devoção e o zelo, que dis– tinguem a pi edade dessa corporn(pío, Hou– va vespera e ).[issa, na qnal orou o R evd. P adre Julião Joaquim de Abreu, :-L de J oux, pasto r protestan~c de Gc– :ncbru,, depois Pres1clc11tc do co1181stono 1'0•• .~ N nnt'o;t, di~n. am 1813 : K o mesmo dia. f«z-se a F<Jsta de Santo Antonio no seu Convento, O 1'hrono Jo Alt:Lr-mór, e o Altar elo Santo esta vn.m prcpar:ttlos com o clccoro dcviclo: houve trc::enas, vespcras, e Mi.-sa com o Sau– tissimo SacrarnE!llo exposto, e a que as– sistiu S. Exc. R evma.; orou o muito Rev<l. Com:go Lmincl de_ Se11a Riueiro Ncry, e tcrn1mou n Solenm1daclij com a Prociss,i.o rís 5 horas rl:t tarde, lendo assistido a todos o., actol:l Reli giosos os nlllitos <levotod du 'l'haum.aiurgo. Porluguez.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0