A Estrela do Norte 1863

182 A ES'l'RELLA DO NOUTE. choque fez entornar a g~rrafa sobre todos os viajantes e os vestidos brancos das p rimas de Lourenço, ficar:1_m cor de ro~a. A todas es.tas conlrnn ecladcs, I gnez mostrava o rosto m:1i s sereno; qna.ndo suava, enxuga.v:L a front e, qu11ndo um grande solarnuco lhe fazia. dar c?m a cabeça nas paredes d,L carruageu~, Jnlga– vn.-sc muito feliz por não ter sulo hal– deada por um dos postigos f6ra. Como n6s almoçp.remos bem: dizi:L ella, quando a apcrt:1V:.i, a fome. l3 em differcnlc em Cloti lde .que nã.o cessava ele se lamentar, e ele' ra1l1ar Jc tudo e de todos ao menor incommodo, e accu– ·sava principalmente a L ourenço por ter tido :1 infeliz. lembrança ele propor uma di«ressão ao campo. "'Este aproveitava- se t1e tudo i to, e dizia com os seus botões: - Ora eis- aqui o que cu queria saber. E como' foi inspirado I I gncz é umn. mu– l her e.;timavel, vendo cm todas as cousas, tanto nas grandes como nas pequeuas, a vontade de Deo~, acccitando indo por conseg.uinte com carn, alegre. 1 unca Lou– renço li:1via eucontraclo ninguem com tanta do-çnra como I 0 -ncz. • I • 1 /. _i\.gorn quereis saber o que suc?et en a Clotilde? ... . CasOLL com um outro primo que fôra seduzido pula bell cza. de Clotilde, pelo seu Jimlo cloL<', e pela sua rcputf!Ç:1o sem no– doa. :Mas ô imprudente nfí.o cuidou de lh e estudar o genio. Nos pri111eiros tcn1po. , vi– ;ycr:1111 bem. Clotilde apczar ele muitos de– .Jeito,, que tinhn, era muito, honesta, e _era amada extremosamente por seu mando; mas r ouco a pouco se ton!_ou in:ltlp~orta– vcl o f,eu genio pelas suas 111~pac1enc1as e allcrcaçõe;, ; por isso o mamlo tornou a resoluçii.o de fur,ir de casa. e refugiar-se todos os dias 11~ loj\'i de bebidas aonde ~o menos podia respirar em paz, ai( passa- . :va dias inteiros com o seu cachimbo e uma garrafa de vinho üo pé; depois gran– geou más relações e perdeu-se de todo. Clotilde fo i obrigada it abandona_r set~ p1ariclo µ r~ voltar para ca~a de ~cu _JJ:l.l. Foi bem rnfehz De quem foi a pnme1rn. culpa :,enJo de Clotilde que expulsou se u marido? ( E.ctrq];jclo. ) Chronica rcl!;.iosa. Lê-se 110 .Jornal dn Pará: . " Pesüi de Santci Jlfaria. - Com o mez que antes de. !~ontem findou, terminou tambcm a fest1v1dade, que com c:~e . co– meçara, em honra . e !ouvor :í. S~nt1ss1ma Virgem, e que por isso e denon111_w. feita de ::Junta l,íarin, ou mez de .ilf ana, por ser o mcz de :\faio o destinado para espe– cialmente ter luga r o culto 6. Yirgem das Virgens. .. Desde o começo at6 o fim ho.u,·e sem– pre mui ta concurrcnei:1, não obst:mt? o 1116.0 tempo que foz cm_ :clgut'.rn8 nottes, e o povu d:1 noss:L c~1:1La1 mm~ uma , e~ deu prova de seu espm to ordeiro e r<;h– c,ioso, pois sempre se porlou com mmLa ~ttr::uçáo e acatamento na. ca~a. d? Deos, pelo que recebeu_ do nosso c~gno e v~ne– rando Prelado, na SLW, nll1ma , pratica, mcrcciuos elogios. . " A solcnmicb.dc tod:1 esteve b rilhante, e respeitosa.: sobretmlo o acto cfa sagr:ich comm11nhão no ultimo dia, .o qual foi o mai;; sublirnc e tocanlc possin)l. • " Com efl'eitç,, duas mil pc.s ·0.1,~, scg1!– ramentc, prostmclas com todo o rccolh1- rn ento a.os p6s Jo altar da :!'.lãe do nosso Redemptor; um Yenerando ~astor ades– tribuir com tod:i a reverencia o páo ce– lestial á trcscuta;; dessas pessoas, po.uco mais ou menos, entre as quaes se conta– va.m, mnita.s de alta. posiç:1~ social e cento e tantas meninas todas vr::st1<las de branco, e com as front e:; ornadas do simplicc~, mas engraçadas eape1!3:s do flores tambcm branca:;, como que inclteando a pmeza e candide:r. cm que e achav:im enlüo as suas innoccntes almas; e tudo isto ao som do melodio.so cantico pan_qc linyiia, é na. verdade um espcctaculo digno de. se r co r~ - templado, e de :1nniq11ill:u: a. mais obsti– nada e caprichos:, increcíuhdade que poss:L h:n-er. . . " Depois S. Exc. Rvm:1. adn11111st~on o sacramento da. confi pu:u;iio á um sub1rlu numero de pessoas. " Todas a.s prnticas _que honvcr:~1 cln– raute ::i. fcs! ivida.de , estiveram exccll ente , r:ias ,pcrmitta- sc-no_s .esprimfr com tod" a. franqueza o nosso Ju1zo, decl:i.ranclo quo sem fallarmus nas ele S. Exe. Rvma. quo sempre que subia a. tribuna sagr: :i.da , mos – tnn':1. citw 6 orador 1-1crfoüo e consnmai:lo, J

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0