A Estrela do Norte 1863

- 180 . A ESTRELLA DO N011TE. pareJes etc. , mas não acho u nem .-esti– gios do thesouro que procuran.. Oh I como clln. chornv:i de pcn:i. por ter, :por seu orgulho, ::tflligido, nos sens ulti– mos momeiltos, nm homem tão honrado e tão desinteressado, e por se ter priv::ulo de uma grande riqneza. Com quanto o seu arrependimento não proviesse em parte senão de se n egoísmo, e por isso pouco meritorio, não ponde comtudo t1eixar de comprehentler a sabe– doria de tas palan·as: ." ..Ili cl'essa,s almas orgulhosas que desclenhrt,m, o pobre que tem -uin coração piiro e leal. D cos a~ fará cll?!J– cer i!m d1'a do peclest,il, e elevará as al– mas gene·rosas. " se clirege :í. S. L onrenço, e exclama as– sim: D'onde vos vem pois, illustrc Martyr tlo Cltristo, essa coragem, esse valor, ess:L força. inexpl ica,el, qu •\'OS faz sofüer o mais horrível tormento, como se fosseis insensi,-el '/ Estais ardendo no fogo a-~ ch:11:nmas YOS a.brnz:un terri velmente, e ,6s trauquillo, zombando do t_P'mmo e seus algozes I Ah ! já. o sei. Recebe ·tes na sagraJ,t hostia o Deos fo rte e poderoso, e seu sanguo corre cm y0ssas vc ia . ( Extraliiclo.) A.uccdota§. FE' Dr,; UM JXDIO. . Um Missionario do Novo- Mundo pcr– 'Corria com apo:-itoli co zelo as mais longin– quns regiões cfa gentilidade, adquerindo al– mas para J csus Christo. ]:!)m um;i dessas l)l·cuhas:, ap11arecen-lhe um ilia u.m selva– gem, no qual ob ervou cxtrnordinarias disposições. Depois de o instrnir cm. tudo -<\._Ue respeita. {1 fé cfttholica, deu-lhe o santo baptismo e a sagrada communhiio, qt:e o -selvagem recebeu com os mais vivos trans– portes de devoção e reconheeime11to. Partio dahi o Missiona.rio a novas excux– sues, e sé depois de um auno veio outra vez a, esse lu_gar. O selvagem snudou-o com alegria., e ped iu-ll ie com amor, que lhe desse de no,:o a , anta. Oommunhilo. Disse-lhe ,.o iHissiona.rio que sim, mas que era preciso confo ·sar.'...se pitlrneiro de algum peccado morta.] que houve ·se com– mettido. Que ! men Padre, exclamou o Iu– dio com e:-ipanto, pois h:wflrá. HO mn11do quem tenha rocebido IY baptismo e o Uorpo de J esus Ohristo, e o qucirn ultrajar de novo com pccca.dos. mortaes ? Quanto a mim, graças a Doos, não fiz nenhum. E -se accusanclo com lao-rimas do mui li o-eiras falt:as, ·deixou o Padi~ pasmado o lou~au<lo a Deos de hnver entre rL1Lles rtentios al- mas tão fie is e fervorosas. 0 ÜORAGEH QUE D.~' .A DIVIN,i EucH.\RISTIA.. Santo Ambrosio, em um seu discnrso, * U .\iA BO,t Ffl,JU., Estnva um homem perigosameute en– fermo. '.l'inhn, ellc umn, füha, m é1Úun dq oito nnuos, que muito tinl 1a npro\·eitadc> nas lições do cathecismo. ·Achaudo- se s6 com o pai, disse-lhe: Papai, YÓs estai:s muito doente. O mctlico disse que talvez amanhã morrereis. Ouvi diillr no Ca.the– cismo, que é grande peccado lei..··rnr ' mor– rer os doentes sem coufüsilo. Não vejo ninguem fallar- vos nisto, nem mamái tem animo disso, que lá. está chornndo. " Obri – gado, minha filha l disse o pni, ,-ai cha– mar o Sr. Onra; Deos te abençoe por tal lenibrnn<ia, a ti <le,erei minha salvação, " Ve io o Cura, aclmiui~trou-lhc tudo, o rnor– reu na manhã srguinLc. Quo serin. de mim 1 dizia clle consolado, L1cpois qne reccben os Sa.cramentos, qne seria de rni :11 se não fosse minha bo,t filha ? · \ 1 ..auetasiuhas pa1·a myopc§. l. Pam que serve a .Relig úw ? E' cousa q1ic e1i ncio tenho e nem por isso deixo de ir pMsando bem, I R espota. Tambem cu 11ilo vol-a pro– ponho como nm meio de medrar pas– sar bem. Faliando, porêm, sincera.mente, sú viemos a este mundo pnra isto? Cw Leremos mais alto destino que o~ brutoa anirnaes? 'l'odos os povos, 'e cm todos os lugare'> pensaram o contrario, e me p::v rece difficil que tcnhaca razão contm todo o mundp. A Religião se occtipa de nós, de nosso eterno destino, de nossa fclic iclac1c verd:;i,– <leira neste mundo e no outro. }fo Hnda ahi que mais nos deva interes– sar? H a. nada alü que mereça mais a at– Lenção de nm homem razoa;-e1?

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