A Estrela do Norte 1863
A ESTRELLA DO NORTE . 159 Ycbs ; a, luz se clerrama, lentamenle e qmm– ,lo o altar resplnmlece11tc reYesLi u seu manto estrellado, qua.uclo os íieis attentos tomaram lugar na naYc, começa. a cc rc– monin, llfLO tumultuosa e cheia, de ruit1o, mas com placidez e rno<lcstia, como con– vém .t uma festa de farnilia. O éco da AYe Ilfaria, nrnrmma, ainda, por entre as ..;omLrns do crepusculo; 7 horas soaraU1; o orgam prdutlfo. Um hy- 11u10, ehcio ele invocações tocante:; e de piedosas supplicas, se Í:1,1 ouvir: é o l1 y– rn110 querido do povo Sicilinno, 11áo cn.nto foLril e sanguiu ario nasciLlo 110 meio do estampido das baion etas quebradas e cl0 fumo dos canhões nos campos c1e batalha, : mas Rim uma melodia tlesal;rocl1ada, sol> o bello Cóo da l talia, no . om eh sua vc ora– ção que encerra. o <lia. Gomo um l!Jrio entre os cspin lws, tal é Marici entre as filhas de Adao. .Mãi amada, Mâi úwioluvel, l,[ai puris– sim.a, rogai por nós. E sta 11,u,ica, magosto a, ex ecubtcla por vozc.- pmns e cheias de frcscor, é de bello eífo iLu. .J.<.:' a terra que ora, é ,t expres$i'lO de todo um povo crente, ajoell1ado; e o homem que orn, ju~to ou culpado, é sem– pre digno de re~pcilo. lúcíi amada, }.fãi p iedos i,,sz'ma, rogai por n6s. A este canto largo e .solemne, succeclc um canlico fresco o ligeiro como n. brisa matinal; já nfLO é mais a idade \'.iri l qne .or:1, é a infancia cheia do co1tfia1tça qn e agradece antes elo ter rrc8biclo, que orn, :1grac1ccemlo, que não dtn-icla orando. .1Y estc dúi Virgem }.faria .1V6s te damos J.Yosso amor. Céos e term Eslú.o cantando Celebrando 1bn louvor. ]'j' o g rito da almn, que, nascicln. para amar, offerece seu coração i :M:li ~o Céo. E ;,Lc c:mtico, entoado com amnrn çiio, com· icla a assistencia, i confiança .:: 6, fé . fas n. Lora da. predica se npproxima, e já o Sacerdote com O povo ajoelhado in– voca o E spírito Santo qne faz os Prophe– tas. O côro continúa' seus cantos ; mas _çlesta Ycz mucla o rythmo, e á aria ale- grc succodc nm canto grn.ve , cheio e ma– gcstoso: 1-e111, ú Espírito de luz, Divino consolador, Abrasa nossós coracões .Nas chammas' do tw amor. São os filho. de A<lã.o que pedem a Deos um raio cles,:t lnz do alto, qne no principio ilh:111i11ava a iutelligencia do pri– meiro homem, scioneia inspirada que a culpo. lhe fez perder e da qual não con er– vou senfLO alg umas faiscas e uma .-aga record-ação, transmittida por elle a seus filhos, fai scas que ao ora rmos ó E spirito San to rcacccndc cm n ó~, e que podem tomar nossos eornyúes furnalJias de luz e de amor divino. Do alto da cadeira ev:rngelica, uma curta iJ1strucção lembra ao povo uma ,-ir– tuue de 1faria e ensina a pra tical-a.. A' voz do Ministro sagrado que cvangc– lis:1, succede o J(yrie da .Ladainha d,t Santíssima VirgP,m. Ainda uma supplica: a oração u:íe é uma cadeia que liga o O o á terra? s~nlwr, compadecei- vos de n6s. Pui CC· leste, Filho R cdem_ptor, Espírito vivifi– can/.e ; Santissinw 'J.lrindade, que sois um s6 Dcos, tende p1'edade ele nós; responde o povo, e depois uma. a, 11roa, como perolas de um longo rosario, vão-se desfü,ndo füt invocações da Ladainha: Santa J.1faria, Santa }.fãi de Deos, R.efugio dos JJecca do– res, rogcii por n6s. A mnsica d ssas La.clainhás é formosa, v ercladeira man ira. de iu terprol:i r as snp– pli cas filiac:;; o Ora pro nobis pare.:: - se quasi a uma acção de gralia8, oração de um filho qne agradece pedi ndo, certo de ser 01ffitlo. 1Vãi admiravel, rogai por nús. Ao .Agnus Dei,. cantado sobre as notas do ICyl'ie, segne- se um motctto scintil – lante como urna nleiade de cstrcllas ·: é o O' Gloriosci Domina, o Ave jlfaricistella, o Reginci Gceli. O Ave Maris stella é o can to, do naycgante, qne sem bussola olha a cs– trclla que g nia sua Lranca vela; o mar é o mundo,. 3: tempe~tacle as pnixõc~, a cslrclla a D1V111a :Mãi de Deo<1, collocada por sua ma.temidade acima dos astros ; noYa Eva que esmagou a cabeça da, ser– pente. _O R egina Croli é a expres~iio ela alc– gna dos pobrcii pescadores Galilcos, quan·
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