A Estrela do Norte 1863
15G A ESTTIELLA DO NORTE. Bcncflcios de Doos. Uma mcnin:1. ele ichdc :1.pc ,11ns de cinco a. se-is :mnos, interpella, :i um dia. sn:i, 111:\i <lesta maneira: " :tifo~, mnmãi , vmc. 111 e diz sempre que D cos é bom, e Ell c n1111cn. me deu nada ! " A miii tomou chhi occa– siâo pn.ra cln.r-lhe uma lição bem impor– tante, ex.plicando, de maneira. propoTciona– da, á intelligcncia da fill1 inhn , os beneficio;:: que ela bondnde divina recebemos. 11 E não é Doos, N osso Senhor, lhe <li z cll::t, que f.1z cl'cscer :1:'l cea ras, 08 frn ctos e as tlç,res '? 11 Nã.o é Ellc que crcou o~ nnirn acs, a~ n.Yes e os peixes ? K :io é Ell c qu · d:í. :i chuva para. r egar as plantas e o sol para amadurecel-as 'l Sf'I be, filh n. minha, qnc E ll e -(' e:z; tudo isto para n6s; não são provas de sua bondade p:1ra conrn osco ? A h! seu~ bc– neíicios são tão g randes e nnmero:;os cp1e nunca seremos capazes de lhe agrn clccur <lig namcnte. " U){ DIPIOSINTIO OONFUNI)IDO. . Ia navogando em um :1. grande cnn úa um . j oven libertino, que fa zia garbo dr. rq l' e– sen tar o papel el e impi o. Tinha a imprndcncia de nJfomn r ri_n c nós não iinhamos ::ihnn, e <\l1 e, co1110 os animacs, nü.o oramos senão um pc1bço <lo materia. bru t::i. Qual dos ~enh ores j (1 Yiu -.nlü alg uma a1m:i '/ uizia cllc. A lg 1111 1ns pes– soas ri am e pa reciam applauclir ; :t 111aiur parte olhava pnra clle com a.r de dcsprrm ; mas houve trez que lh e deram bastos. 11 , 'e n 6s nlo temos ::ilma, cn táo s0111os uma pura posta de carne, caro Senhor meu; ora <[1W1J1 •Ó que 10c ha de enca. queta r nun ca qu e 111 na pu!·a posb de carne possa pc1ra r, j 11l~ar, r aciocinar, sentir~ soffrcr, c::;;perimcntar s, ;i– sações n.gradavcis, amar, odiar, temer, tl se– jar? 1" O segundo •fdf o patr[10 da borcn, que já. estava meio zangado de ter um vento rijo e contrario, e, pois, dando uma boa pa n– cada com o bastão n as espadum; do sabio doutor, lhe <1iz : " Mmd orpasinho, dirás tú tambem que não ha vcnLo ? E en tão o Yê,; tú?,, -O tercc!ro, mais cordáto, diz {i, compa- ••nhia,:" -4,q~i o S enhor acaba ·de provar com muito taknto que elle não JJa.ssa de •uma be.sta. u O tal não soube que dizor, e todos fica.-ram contentes. UL' ID.\DO D-1. .\LY.\ ! U 111 mi ~. ioti a!'io 1 Yc11clo urn cri:ú lo tra- 1~1-ndo de rnn cavallo com tle. velo e mui tn. :1ffeição, lh e fez cstn. perg nn ta : «· ,lfw cimiyo, <JUCwln tempo gasta,; lodos os dias com es/ti cavallo pa rei o trazeres ,issim /.d o bem lru tado t " . - Ch:to Juas horas por di::i, rcspolll1cn cllc. -1'enho ontra pcrg nnta que Lc fa ze r ;' re,ipondc-rn e frnn ca111 cat.c : E fj 1w1,lo tempo gastas todos os dios com o c1idaclo ele tua alma, para a puri ficnrcs e Enntilic:irc:=;? •.. J~ll c c r:t franc-o, e rcspow1 uu: - T odns as 111:llllnts faço o ~i,,nnl Ja, c:rn z, (1igo 1,111 P wlrc .1.Y osso e 1,1:ii:-1 mna A ve .1.lforici. K os domingos <p1:.i, i 111111c·:1. falt.o :Í :Missa; mas go to c1c rn is'sas curtas. ]~ 111:i i, 0 n,\o dis3c•. Tornou-lhe o 111i:s,ionario : " J J, qae tao po 11co cuirlaclo Jan.s de tu.<i nlmci e trw1h11lw dc.srelo co)n i:s/t! cantllo, se c1i te pedc11ct!i;sc, an tes qwúra ser l~u ca– uullo 'J llC tua. ab,1 n. " B aj11 11Lo11 : " Do qné te scn- ir(L g:1nli:1r mni to di– nliéíro por di a, 8C por sa ti~fazerc·s tuas pai– xuc:i 011 por tua negli gencia pcnlcrc:l _pa rn ,eniprc Lua alma. e cahirc:l no in fe rno 1 " On tru. co1-rcg9ond~n cln. cht. Es- l i·cll" d G .,voric . I':ni~, 2:3 tlc 3farço de 18G3. - L i 0::1 primPiros muneros tl e ,-oa,;a cxcclknLr r •· vista ·iu ha.. Arllllirci i,11:18 grnci11.,:1s ll'gen– dn", sc:11s IH:Uo::1 verso~, :-ic us con~<'I lio:-1 cl11•io~ de f<ahcdnr ia e de l1ot11 p:n:<lo : pu.-s;1 essa a11i a 1·rl HstrcUa ir <lcn:Í111anclu ·11:b l11z p lntida e hcn ign:1. uo ('é11 ,la l gn•j ib brnzileirn, 11partando pnr:1 hr111 l01w' dPll a o espesso ne,·ouiro lllOra l quu cobre ne:<te sccul o tan tns gernçüe~, ú prcocc11padas de paixúcs e intem,i;cs huruanos. D i7.ci- rnc Yccm-sc algu111:1H .-ezcs nr– voeiro~ solJ~e as margen:; $Crnprc iiol'ida;i tlo Amazon~ti '? ~ 1 unca, tah- z, Oi> Yistcs ; e s6 conlw<.:eiti, por ou\·ir dizer, :1 cx islcn– cia. de~~e tristonho meteoro que pesa sobre o velho mnndo; <lcl~c vos scn-i::1 em yossos livros como tle uma frx:ão ; absolulamente como faliam vosso~ poet:1s de n eve, sem já1n a.is terem experimenta.do quanto é fria. Entre n6s, Ol)do lodos os dias nfo sl'io •
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0