A Estrela do Norte 1863

o • 154'' A ES'rl1ELLA no NORTE. erro por lJa~c e o ahsurdo por cou:er1ucn• eia, o sccpticismo r111fui1 em t udo que ro• e.leia. o homem, a começar do clepoiment o c1 seus olhos e a. acabar lla attestaç:io de sua propri a co11scrcncia. R ntiio um abysmo horroroso collvidrt e -te c:utc assirn attribu• l:1do para tr,igr1l-o ua.s trevas, e cll e, eles• .-ai raclo e com ircmi:i satnu.ica, soltn. um grilo L1e dcse:;pero supremo. Este- estado mostra que a a.l1u.t deslocou• e na harn1onia LIC suas força s, e, clesiqui)j. brnnclo-s ·, rt•:'tva lou uo plano elo aniquila– mento. Exp ·ri mtn t.1- se ,L Úeccssidadc da fé, el:1.1na-se por cll:i, rnas cm Yiio; o lutar continuo do :ophirn1a, eh i111pi cl,1Llc, cln. incliffcrcnç,i calculada, calc;inon o terreno ela fé. A gora parn conseguil-o fecunclo ser:'.Í. mi:;tcr um csfún;o elevado dA'l. ,·011taclc e um auxilio <lo :\_]lo, u1ua nbnegaçi.ío a todll. pro va, acomp::mhacla ele uma dispo;:;i– ç-áo casta a receber a iJ, ~pirnçi.ío . ]] a con• li •Cw-cTeclo, cn o creio--:;eni o começo ela rchal ilitaçüo. 1fagdalena arrepcmlida. no J•Ó cb Cruz, expiamlo com lagrin1as .e penitencias a cnormiLhlle de f;C U~ J ccc.1tlo~,, ' . .Agosti11ho Toh ·cnclo {1, tlefosa do Chrisliani mo com extremo for rnr e c11thu~iasn10, e dcl,cstnndo as doutrinas de ~lanés e outros muitos ex• emplos, rp1e ô poderiam apresentar, são quadros edificantes clo prestigio eh fé. P ela raz:to o l1omem rcô1outa- se incle• fCC.lalllente a Dcos e ás idéas geracs e m1i – ve1:.,ne;,, 1lí1S quaes todas as 11oçôe!!; conhc• cimento:; e jnizos se resolvem definitin1,– mc11tc; u t;i111bo1n assenta com pr cisão os H:SÍ(JlJJaS scioµ linco!!, e comprova. o fnmla– mento da certczfL cq-i totlas as clcsccntrali – saçúes do principio pe11saute r,om todo o apparelho diclatico tia logica . P ela fé ascemle o homem ele um modo directo e seguro aos esplendores da Di. ,-indade por 11111a có,\fi~nça iuconcussa nas prescripções eternas, que se u peito experi– menta e a q_uo sua ' cabeça submcttc-se. Da elo o p1·odigio Lle um eflc~ito, s~u coração acqui e ce á causa que o produzw, perlus– tranclo-se, ou na clmmnia de uoccs emo• çõeii, ou em um simples e magico senti r. A razão l ára cm suas concepções nas .pias da fc, e a f6 confina-se cm Deos, oucle ella se aquece gloriosamente. Dr. J os E' J O.lQUIM DE Mona s NA vanna. O cg•o ismo. Quando se penetram ele camnch cm ca– mad,i . ... as n1iseri as que :i hmnnnidade occLt.lta. nos se us abysmoe, e até dcl;aixo <las suas mais brilhantes sup erfici cs, se111- prc, qualquer que seja o logar por onde se 1,;ntra, Ycm .~ topnr-. e com este mnl ceu– lral, quu é a origem prinrnri,L e ;i caus:i uniYersnl ele todos os outros : o eo-oismo. Amor proprio desor 1cnaL1o, amor cl~ si até ao oclio para co111 os ontros, o cgoism_o <: o principio que Llcsorgani n, o principio que diYi<lc, o principio •1tie forc, o pri ncipio que dcshom,, o principio que aviltn, o princi– pio que cl estroc, o principio que mata.: é, cm 1u11a palaYrn, a <leso rdem uni ,ersal. O egoiJmo é, por sua csse11cia, desorgani_•. ~çi.ío e de:;truiçrw: é a propri rt tlccacleu– c1a. Donde ,·em ao egoísmo este poder per– tnrLaLlor? De ser inillligo da ordem; e ponpic é ellc inimigo lh onlem '? P orqu e, impcllimlo ca<la iniliYidno paJa se tornar cent ro o c utro principa l, despedaça a har – moni,i do~ sere~, qne n.10 cxi ·t •, e não se manLcm ~enão pela unit1a<le de centro. Acaso i111agi11ni~, .ellhores, o que acon– teceria, no rnnn<lo sideral, se tle repente cada planeta, Llotado de libercladc, e poden– do clle mesmo escolher o seu ceutro, a· sua orbita e o seu mo~·imenlo, viesse dizer ao sol: "·J Ct uf'w me ag r:ufa gyrar cm torno do " ti ; h:t secalos que tP honro com as mi• " nl1as marchas obeilicnles e com as mi – " nlias evoluções <loceis: cumpre agora " que me escolhas parn centro e grav ita r "cm torno ue mi01; ca.be- tc agorn reco – " ber ele mim a luz e pedir-mo o impulso ; " deves agora saudar-me com os teus mo– " vimentos respeito~º", atr:ive.1 auclo para. .-, isso o espaço. " Suppomlo- c1ue o astro real podia abdi– car do seu direito de SL'l' centro, o que fa. ria elJ e se cada planel:1 , que vê ha seis mi l annos circular em tomu de si, viesse fazer– lhe tal cxigcncia? Cu, no conciliaria clle, 110s _campos do espaço, onc1o lhe estabele– ceu Deos a re:ileza, e:;tas prclenções con, traditorias, e se posso dizel-o, estes egois– mos do . mundo astronomico? E o que acontccena na creação inteira, se este sol que não é sem duvida senão um satellit; ele outro sol, chegasi:e a desviar-se do seu

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0