A Estrela do Norte 1863

, A ESTRELLA DO NORTE. 14.5 Este cxcrc1c10, vivnmcntc rccommen– <lado por muito3 outros autores, é <le gr:inclc efficaciu. 1~arn formar o orgam da voz ' Deve- se exercer com cedo as vozes dos meninos; tcmlo, porérn, cuidado <lc a,i não fatign.r, e por i ·so é bom que sejam curtos os exercícios e que se c.1,nte em <liapasúo que lhes convenha, nom muito :Llto, nem muito bai..xo. Ha certa época, em que, a , oz dos i:~e– ninos se mu<la; é de ordinario nn pa sa– gem da infancia 'pn,rn a, n,dolcsccncia. Deve– se , piar que elles n.lo c:intem mu ito em– quanto dum. es. e período ele trnn ição. Qualquer imprndeud. neste ponto pode– ria fazcl-os perder ou dcsnaturnlizar coln– plctamcntc a, vo7,, Depois do pn,ssnclo esse período é que o joven sa,bori doi-iititiva– mcntc a qualicl:u1e de sua voz, se é tenor, ou baixo, e :1 excrcer:'.Í. no diapasáo que Jhe convém. Emfim, pnra. cauta.r-se hem é preciso pronunciar ócm a,ç palavras; disto dc1Jcncle o cf oito moral elo c:mto, que . é, corn o já dissemos, uma vrrdadcira, <lcclamação, mais accentuacla, mai:o solemne que a declama ção oratoria , mas cmfün uma, declamaçio. Em– qnanto os sons matcriacs penetr:un no onvido, o sentido das pal:wras Ya.i com– mo\'er as profundidades da alnrn. e im– primir 1ielh1 os va.ri0~ sentimentos qne esta,·:nn no pensamento do arti~ta, e e. ta é uma, das ca u~ns tht superioridade dil, v0z hum'ana sobr toLlos os in -Lrumcnto::<, o poder ella assim nlli:tr a palavra ao- sons, tom!mcl.o-se um e11pelho ond e se rC'fl ecl ni ao mesmo tempo f. ltarmôÍlias tlp mundo corporeo e <lo mundo dos espiri Los. A razão e u. fé. De -entre todas as faculdades com que Deos doou o homem, é sem <luvi la a, razão que o distingue essencialmente dos outros animaes que com elle compõe o genero. A perccpçiio que se incumbe das :1preciaçi'.ies limita.tlns, dos conhecimentos isolados, que discrimina, os objectos pelas suas relações exteriores e apparentcs, que ,·ô pelo olho da intelligencia o espetaculo que se lhe apresenta com um mtxto de pas ividade e a.ctividadc; o instincto, que conclu~ s<'gundo Huas propri a le is o ente organ1 saclo ú. sati sfação de suas nece.ssi- dados, pon'1o {L sua, di-po3içao as opera– ções e os movimentos da força motriz; a sensibilidade que, rela.ci onn,11do-so por meio das impressões, ca11sau:1 · pelas acçüM externas, pro,·oc.1, mo<lifica<; úcs agrada.veis ou peniveis, conforme a expan :Lo ou con– trncc;,10 dos nervos concluctorc ' ; em fim 011, trn mui tas ca.paciclacle: que ~e oLscrrnm no homem, foram dadas em comm11111 p:11', tiJha a, todos os brutos. Consegui13tcme11te só a, rnzão é quem cn,rnctcri _a, o homrm pcr/'citame1ite. porrptanto o ser mornl, o ser pessonl é a, parte mais nobre do sen todo, e pela. qual cllc dcsnpega-sc <lo seu inclivicln:tli smo, para. conceb ·r e nm:ir a, or– dem admirn,cl elo U ni,·erso. A razJo, niío consider:m<lo os faclo[I pnrticul::tres, adst1•ictos :i. um complrxo de circumstancias c,cntua e. , esLncl,1 o qu , nell es ha, ele gera.!, e qnc não nu:ia na • · mnrcha. successini das consn para. nrr::in– car do segredo de sun. constituic;ao mil principio n ece. sario e incondiciona l ; e da, concordanci:i dest_e principio com outros vislumbra, por uma, abstracção immcdio.ta , o sello de Dros nn,s crcnriücs da na tu- 1:eza. E ste j zo superior é motfra.do pe, las causas occasioua.os , l[ ne concorrem {1 sun :ippariçii.o, pelas rclaçücs estabelecida , entre o finito e o infinito. R eg ulada pelos conceitos racio!lacs sobe a Yontadc ú cate– goria de 'liberdade, pondo cm pratica os meios conducei1tes á perfeição rnoral Lla lnnrnuiidacle. Na, ampla cRphcra dos rl.irnrsos fins da n,ctividaclo soci(ll cll.v trabalha ph.rn a, obra da f'cli ·iclaclc, que eleve s r r :ilizad:í p elai cncarnn çiío elo dc,·er nos differenlcs e com– plicados misteres da. viela. Quem diz fcli– cida<lo social, diz liberdade, quc11t diz li– hcrda.t1c•, diz progr sso; qncm diz progrcBso, diz <lescnvolvimcnto cla.ro êh razão appli– cacla, e o desenYolvimcnto chro da raz,,o app\icnda. lla.da \ nais 6 que o dcnr com– prehcndido, sentido, querido, npalpndo na sciencia, na arte, ua. i ..udustria, na politi ca e úa, Religião, de de o centro do lar <10- mcstico até a circnmfercncia da. grande fo. rnili a humana. ' 'J'odo este movimento é filho do, r:iz:, oi 1 seus resultados srio bcnclicos, porque ell a é o reflexo da sa,bcdorin. Divina, o espelho de seus acenos o o orn.culo ele nossas deTiberaçi,cs. O que \ o posili~o, entra no :ik:tuc dos olh, •'l-·C H::t pr rccpçao

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