A Estrela do Norte 1863
• • 11 ESTRFlLLA DO NORTE. 139 IX. o C.cTllOLIC[S~ro F. o I'ROT ES1'.cXT l$ ~{0 PO· DK\[ r-:n A~rDOS n :R D.cDEIT:0S ? Evidentemente, não. A R elig i;10, sendo o conhecimento e o serviço do mlÍco venbdeiro Deos, é ne– ccssarin,mente uma como Dcos mesmo. Não ha mais que nm Dco<>, nma , -crtlnde, um Christo, umn. fü, umn. R eligião ver– dadeira. Os que dizem qnc se n.chn. n. Ycrtl:id ci rn. Religião do Christo no protestantismo como no Catholicismo e vice- i·ersa, são, on i~crednlos que pouco se importam com a v ercladr, ou ignornnte~, cstou,a<los que faliam sem rcficctirem. Se <luas R eligiücs absolutamente oppos– tas, como a Relig ião Catholica, de um lado, e a seitas pr~testantes de outro, pu– dessem ser igun.lmentc ,·erda<leixas, seria preciso dizer que.o sim n o nao são ig~al– mente verdadeiro~, e qun dous homen. , que se contradizem cm nm mesmo ponto. podem ambos ter raziio igun.lmente. A c::ibo de mo..trar ::i, opposição fnncla – mcntal ela I greja Catholicn. c das diver– sas fracções do protestantismo. Tomemos um exemplo en tre mil. A Igreja ensina que no Sacmmento da fi}uchari~tin, N osso • Senhor J esus-Christo está real e substan – cialmente presente; ora, quasi todas as seitas protestantes nrgam cstn. venl:ulc. U m::i das duas affi rmaçGes cle.,-e ser falsn.. Orn, uma Religião que se engana~ fos e cmborn, cm 1 tm s6 ponto, nrw púdP ser a verdadeira R d igiií.o. Portanto, é material– mente impossiv l que o Catholicismo r o protestantismo sejam ~-erd:i.<leiros ambos. (;oncspondcncla particuiau- da Esb·ella tlo Jro1·te. N acl:i. mais proveitoso nn. , idn. que umn. vin.gem ao velho mun do fe ita_com certa condi ções. A s vantagens sã.o 1guaes pelo l~do litterario e pelo lado ,moral e R eli – gwsô. , 7\1.uita id<'.'.a fals::i muito preconceito Yií.0 1 se desvanece á vi~ta destes paizes que foram nossos pais Iia civilis11ç,ío. 1 A litterat ura que nos cl ã.o lá como a fina 1lôr do seculo XIX, como o luminoso trans· umpto rl ms P~pu:itos mais elendo'! da üpoca, ,1cmos aqui reconh ecer, oh sor– preza ! que é, nem mais nem menos n. escorin, da litteratura européa que se vai" escoando pelos ínfimos esgotos da.. socie– dade; litterntura dos botequins e das , en– das, li ttcrntura de tantos , ·intc:ns á linha, nssalariada por a lgum judeu banqueiro que tem a phn.ntn.sin, de ter sob seu sccptro financeiro um S iecle, uma Opinio7,1, lYa– tionale e outros que t ae orgãos deste jaez ! Qncm são esses orn.cnlos ela opi– nião, esse~ regeneradores da humanidade, e,ses semid coses, esses heroes de cham– bre e charuto ao queixo, que, por umn. cxtraYn.gn.nci[l, de optica-, no. parecem de lá uns gcnio~ gign.ntescos, uns Platües ro– deados de esplendores li tterarios ? Quem siio os Dumas? os Sue ? os Sand? os Au– g ier? toda n. grei cpicuri:mn. dos escfr,-j. nhaclores de n.r tigo:=i m.í.os , d lubri cos ro– mances e dramas 'in:lmor a0s ? A resposta s6 a poderia dar, as mai s elas vezes, a po– licia correccional. Ko entn.nto um dos nossos jornaes mais consiJern.tlos, · gabou-se com ufania de , ter dado 80:000 ' pn.ra ter n. honrn de pu– bli cn.r primeiro O!'l Miseraveis I Pobre jor– nal! e pobres Miserapeis I E quanto {1 Re– ligirto '? ·-A h I q11nnl;~ á Religiilo a maxima lá. , mais espn.lhada, a. qnt) se lanç::i n. ca~n. pn.sso nas conYersaçóes, como lcinza ao;i olhos elos n<'scios, é que á proporçilo que , a civ ilisaçii.o e levanta, o th ermometro Re– ligioso se abaixa, e n.porita- se a Europ.1 inteira cm pro,-a tlestn. asserção, P ois 1,cm ! A Ji'rn.nçn., o paiz que todos concorcbm ser um modelo de civilisaçáo e de polidez, a França ahi está dando um de~mrn ticlo solemn c a csse dislate. A Rel igião C:itholi ca aqui est{i vivn, florescentr, fazendo prodíg ios no seio dcsso povo, sahiclo apenas do golpham de uma C'E'pn.n tosa revolnç.:-,0; 1 cm que o atheismo rcYolucionn.rio tu<lo esmagou debaixo do terror e <lo sangue ! Estamos em P m·is, Entrcmo 1 s nn. pri– meira I g rejn. que nos <l er no olho, São fl horas, 7, 8, 10, náo importa a boro,. O qne Ycmo!'l '? Uma multidão proslracla e recolhida diante de Dcos Tutlo IÍ silen· I ' cio, e s6mcnte a ornção 1:1obc sem _ne• nhum murmurio ao throno de Doos vivo. Se f occasiáo de \.1ma missa, vemos no momento da communhão 10, 12, 20 pes· 1
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