A Estrela do Norte 1863

ANNO DE 18G3. DOMINGO 3 DE MAIO NUI\IERO 18. o ' ' • o 60B OS AUSl'IOIOS DI> S . .BX. ltlC: YllA. O OU. D. A.'-TO~IO DJ,; lllACJ,;1)0 COS.TA 1 DISl'O DO l'AHA' . A. questão ltaHnna. A questã.o itaJiana não se lem compli– ,cado e embaraçado senão por causa das equivocações e errados conceitos em que tem procurado cnvol,el-a a política pic– monter.a e revolucionaria. Nada mais simples, ma.is facil, mais ua- .. t uraJ que a solução dessa que tão, se a arnbi çãp de couqLústa e a raiYa clem_agogica 1:1e não tivessem mc ttido de permeio, con– fundindo tudo, baralhando tudo, Yiolen– ta.ndo tuçlo, idéas e acontecimentos, para chegar a seus fins sinistros. De que se trata com effeito 11a Italia? Trata-se de duas cousas, igualment.e justas, igualmente santas, igunlmente sym– ' patl.ticas a todo o homem de coração e de fé: a independencia 4a Italia, 1 a in– depenclencia do Pontificadó. Quem é que póde imaginar que estas dnas c9usas pudessem jámais estar cm desacor– do? · . Que a Italia s Ja um paiz ·i11depcnclentê; que ella se pr tença ; que não curve seu nobre collo .i.o j go do estmngeiro, nada ba mais justo, e quem 1$ que contesta semell1antc dir.eito? Que o ponlificado seja livre; livre dessa liberdade que lhe vem <le Dcos, e que lhe é nccessaria para o ,exercício de seu supre– mo miuisterio na. I greja Unin irsa.l; que elle guarde um fo ce dos go,,ernos umopeus a independencia, que os 1nais altos i.utercsses das conscicncias reclarn:1111, e que os se– culos lhe Leem assegurado, ua<la mais sa– g rado e mais legitimo. ]!] quem é que hoje o con t,esLa? ' · Porque razão, pois, o Pien10nte e 3: Rc– Yoluçáo procuram estabelecer antagomsmo onde nem por sombra o ha? Porque razú.o se obstinam em considerar estas duas cousas como iuconciliaveis, · quando de nenhum modo o são ? Ycnito ot mn)rnlcmus fo luwine Domini. Is.u. II. 6. Porventura a Italia nr.o p6de ser inde– pendente, sem que o I'apa seja despojado? Para ser livre e inclependenLe deve ellri. por força ser pi cmonte,rn ou mazúniana? Porque confundir :1 ind.::pen<lencin da Ita– lia com esse unitarismo absurdo, forçado, que se obtem pelo couculcameuto de todos os direitos, qJe se l.l:lautém pelas mais bru– taes Yiolencias, que vi,·e de Yilanias e cruel– <li',des que excitam com rM::ão o geral · descontentamento elos po~·os? O l'a1 a e os Príncipes i.Lalianos não po• diam conse1-Yár seus estados e :i Italia ser independente? , ' Desde quando é preciso tirar 'a um paiz os seus governos nacionaes parn tlar-lhe indepen<lencia? , A Sui ·sa é meuos livre e independente porque seus cnntües consernim sua tradi– cional ,iutonomia? · Os E stacloo-Unidos são menos livres e independentes po1~ estarem simplesmente éonfoclera.dos, sem se a.b.;;orverélll em uma. r '. ta autocracia? rt!as não ; li:i de se fechar os olhos s. tudo. H a <l e ·e <lar contorsões :'t linguagem e ao Lom senso; ha de se pôr em tor~uras o Jireito, a verdade, a intelligenci:-i,, como díz optimamcnte um publicista. Ma · e tas Yi,)l encias nú.o podem durar. · tieri resLituido o Yerdadeiro sentido ás palavras. H a de s , convir por íi111 tiue o Papa, · o chefe Je · duzentos milhões de consciencias, o primeiro reprv,entanLe du. ordem moral no mundo, aquelle que tem o sr premo encargo de chamar ab dernr tudos o;:; povos e todus os R ei · deYc ser independente; para ser indepc;1dcnLe, SoberaJJw ; porque ainda se nao descobriu outro meio. Ha <l e se com·i..r que II a i 11 dependencia ~a !ta.li ~ é_ o franqueamento das J1aciona– lida.des 1uilinnas tanto da orrressáo pie• 1 .•

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