A Estrela do Norte 1863

A ESTI\ELLA no . '01\TE. 127 Igreja Catholica apresenta acis fieis? Com estec; piedosos soccorros, ellcs se torna– riam santos; privados destes soccorros, elles nã podem chegar muito alto, e sua piedade, por mais _rclal qu e_possa ser, não passa nun ca acima do mvel vulo-ar. Que ahysmo entre os 1!ossos santos ~ue não são outra cousa senao bons catho/icos, entre um S. Vi cente de Paulo, por exem– plo, um s. Francisco de Salles, um s. Francisco Xaviei:, uma Sauta Thereza, e esses homens honestos e honrados cuja vida se tenta algumas vezes trazer como prova da verdade do protestantismo! « Os ca tholicos téem ·santos, disse o pastor protestante Lava ter ( i), eu não posso negal-o , e nós não os temos que <10 menos se assemelhem com os catholi- eos. ,, VJf. PORQUE É M,ÚOR O NUMERO DOS MÁOS CATHO– LICOS DO QUE O DOS MÁOS PílOTESTAl'iTES. Primeiramente, porque ha muito mais catholicos do que: protestantes. Em uma grande cidade como Paris deve hàver evi– dentemente mais subditos mãos do que em Carpentras ou em Quimper-Corentin. Depois: a religião catholica é uma re– ligião clecidida que nos impõe, da parte de Deo5, uma crença 'precisn e obrigato– ria, u ma multidão de deveres elevados, um culto determinado, e mei'os precisos & necessarios de santificação. precisa uma gr:mn en~rg'ia e uma von– tade persc•:eran te para não aban donar es– te caminho es treito. O mesmo acontece no caminllo lar go, ou antes no deserto sem li mi tes em que os protestantes quer iam-nos faz er entrar. Em nossos dias, mais rr ue nunca, a baga– gem religiosa do protestante uão é cus– tosa de levar. Na la ha mai s facil do que ser bom protesta n te. 'cm sou cu q uem o diz, e sim um dvs pa ·tor ~ mais conhe– cidos e mais turbu len tos de Paris. Eis aqui o retrato q ue cll e faz de u m escrip– tor ( 2) a quem tece uiTJ paneg_Tic0, e q ue elle nos apresen ta como um exccl– lente protestan te : <• Dogmi}.li camcn te, cl– le cria em pouca cousu . . . . Quanto :i ver– dade, elle não sabia procnral- a no dog– ma, nem mesmo no ev;ngclho. Elle cria que as verdades estão em germen nos livros santos; porém as cria de em volta com to– dos o~ erros, e su ppunha que com esses li u os tud o se póde susientar e tu do pro– var igualmente . . . Ellc ucreclilava 1Jouco na oraçao . . . Ellc cletest,1va vivamente o ca– tholicismo. " Eis o christão sufftcientc, eis o bom p rotestan te, no pensar do pa tor Coqu erel. Bem o Yêdes, caro lei tor, não 6 difficil ser bom protes tante : crêdc tudo Ó qu~ quizerdes em matcr ia de religião ; não creiais musmo nada, se o quizer des , sede homem segundo o mundo ;-lede ou n ão Embora tudo is to seja d ivino, não dei- leiais a Bíblia; ide ou não vades ao tem– xa de ser penoso, e as pa1xoes não se plo, n ão esqueçais ~ubscrcver em duas acham a contento. O catholicismo ca- ·ou tres sociedades l>iblieas o evangclicas, tholico prevê tudo e nada deixa ao ca- e principalmente detestai a Igreja Catho– pricho. Elle não se con tenta com· uma lica: sereis um bom protestante (3 ). religiosidade vaga ci vaporosa; elle põe um protestan te illustre ( o conde cÍe os pon tos sobre os i i, e diz claramente Stolberg ) convcrtid á religião catholica, o que se el eve fazer, 0 que se deve evitar, repetia mu itas vezes esta obser vação, que, sob pena de se- máo catholi co. Ell e or- , dena um complexo de observações exte– riores destinadas a r eprimir as nossas in– clidações corrompidas, o que, por esla razão , de~gostam muitas vezes, como a aLstincncia, o jejum , a confissão, etc.; é ( 1) Cnrtn ao conde Stolberg. ( 2) O sr. dGSismondi, historiador protestan– te~. Vej -se o jornal de Lion. ( 3 ) Para cllcs, di~ia J. J. Rousseau fati ando dos protestantes do eufchatel, um christ:io é um homem que vai, ao sermão todos os domingos ; o que faz elle no intcrvallo, pouco importa. (Cm·– /~ do marechrd de T.u.',;Pmbow·g. )

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