A Estrela do Norte 1863
• A ES'.!:RF~LLA DO 4!fORTE. ll!J A CO~ VALESCENÇA. IV. O TIO B A SOBRINHA . Já a umi-t hora percorrin. Ignez 0s passeios l Hge arlos, paninc1o ao 11é de todos os nft!ites e enlevando-se, com üma delici os:l candnrn, diante destes mil ob_jectos de phantasia, rlos qnaes, ,segundo n, recommeodaçfi.o dt'I seu irmão, oenh11m invej :1va. AcuLav?. l\llargflri cl a de propor que volt:is~em, quando nm incidente deteve a. n tten– çil.o da moça.. Ar.hava-se elb diante da casa el o antiquaria t-Iors, e estava a loj a perf11 itamen te alumi ada; uma profo si:"to de ol~jectos de arte offoreciam o aspecto o mais ariado e encan tA.– dor. 1:ç_ tr,va no fundo da ca.sa um homem al to, coberto com um grnnde caprite, 1lebaixo Jo qnn1 apµ a recia o uoifvrme de nm oflicial snperior. Suas fe ições, Jfosto qne grn,es, tinham umn grande c,xpressão de boudade. Conei – J era vn. elle attentarnente uma collec... Çtú <lé quadros. De outro lado fo– ]heaya u rna l,enhorn um Jivro 0 pa– recia admirar a belleza ddle . - Por qnaoto quereis Yen_der-_me PS ~A. B iblia, sPnhorn ? disse ella. dui – ginno:,se ao a.ntiqu11rio. No mesmo in11tnn t entron Ignez na lojn, e, Jirigindorse á senhora, uis– se : ,- O' senhora ! peço-vos, nfi.o com– preis este Ji,ro : é de ILinha boa mamii i; todas as v(,' v.es qu e e11tá tris – te le alg umaRl aginas, e esta. leit ur:i. a conso la. Oh ! dignni-vos dar-me nos5a Diblia senhora : muito vos ' . fi.cttrei agradecida. · Comrnovida lançava~ s<rnhora nl– t erna tjvnmente seus olhoR sobrP. o li– v ro e f!Oure a l'illrplicanto menimi. Logo deu com os olhos Dá primPira folha P leu : . - F re<lerico Scheio, exclamou !'lll– b1tamente o estrano-c iro que havia 0 ' ' til um momento, pa recia tambero to - mar pa rte nt>i-ta t0cante . cena. F re– derico , :chein ? . . . . E' o nome de meu pai . . . . B' seU: 1i vro, sim; é a Bíblia de meu pai ... 11roseg uiu eJle com augmen tadrt :-igi tação .l Di 1ig1.ndo-s. entã.o á pob·e lgnez, que nii.o percebí;i cousa alguma tlas palavras do personagem : . - Como te chamas, minha meni- na ? di :'e ellc. - Ignez Ku in, Fenbor. -E t ua mãi, minha 111enin~ ? - M:inh;i, ml\Í chama-se Sophia . - Sriphia ! ó minha irmã ! será possiv"l ? Finalmen te torno-te a ach ar ? E po½ ns mãos com in ex plicavel e:xpressilo dP. ternura e ue fl•licidade. - ~ois vús meu bom tio Jorge ? pergnn t•~ u a menina com sua encan– tadora voz . - Si m, Ignez, sou t eu tio. Sabes men noll)e ? - Então não fallava a mamài em vosso nome antes <l e adoecer? ]-lJlla vos chorava e nos ensinava a amar– voi::. Oh! quanto se corumoreriil a ruamã i vos verido ! - Sopbia! boa Sophia .. . 6s sem– pre a me11ma, en en tendo, murmu– rou Jorge, enxugando nma l agrima. Leva~me já a ter com tua nrnmii.i ; en t::unbem preciso esta r com elln, nc– crescentou; mas nntes, Ignez, esco– lhe as ft)stas qu e te agradarem; quero ver-te h oje µi ui to alegre. E la.oçaudo a}gumas peças de ouro sobre 0 b:,lcão, disse :w ontiquari o: - Compro esl5à Bíblia, senhor, exigi de mim o que julgardes con•· veniente. • ( Contimí.a. J O MEZ DE MARJA. J~ quasi um anno se escoo u; suc– ccdernm-se, como de costume, as festRs : Natal Semanii'SantR, Pascoa. E is-nos ern' Abril, Maio apparcce já •
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0