A Estrela do Norte 1863
114 A ES'l'HELLA UO NOH'l 1 K lPgitimo está dehaix,, da vrotecçiio tl c Deol:l : L go não é a R li gião q ne tl<::st1Ótl as baseu tlo goi'erno. A aniquilução U êL urdtJm publica ; ;1. mudt,LIÇIL dos governos; a mina ti os Imperi os fo ram sempre o fruct,o das puixõPS ind0rni tas, q11nudo itií.o ce– dem {i voz urgente, mas pucitica Ja Rel ig ião, que as cnndemua e reprova . Ah! q Utl seria dos puvos, Stl a Re.., ligiã , q ue i c:i 1~ern e peuetrn até u fundo <la con:,cienci:1, uü.o rep rimisse os caprich0s tl arreb a tamentos de utn o-overno, quando, su peri r em f,Jrç1;1 s â fraqu eza dos subtlitu~ inerwes, q ui– zesse . abusar <lo p0,le r q ne lhe con– fiam as leis r A subernn iu, que é de direito huurnno, porque re ulta im– metliatarnente das conveHções que teem dado a e -istenci? e a fórma ú.s sociedad€s politicas , t que é · dispen – sa vel em qualqu er governc,, µara se– g ura e prom p tp. execuç·i.o elas leis, t endentes ao fim da fd ici1 a,le pu– blica, se não fvs::-e revostida neces-• sa riameute do carac ter diY íno, nem entrasse nas vistas beneficas e con– se rvadoras do Creauor, seria a c.1da. passo o fl. agello, nii.o só dcL sociedade, mas t amb~m dos 1o e1.ubros que a com- l iõe não abstante todas xs ca utelas ' d . que se tivess(lm toma o n:.i. orgam- saçrw do contracto social ara pre– venir o focouvenitn te de actos a rb". trarios, e perig!)S06 abusos, como ut– testa a hi1:3to ric1 fiel dos governos asiaticos, pois que a sa_ncç·-t0 hnma-, .. na &Ó por si oü.o póde ter senão um vigor precario e de omen to, em– q uao to não obtem a segurança da impun idade tewpofül. Só a Rel igião, Irmrio~ e F iThos muito amados, é que pou.e aterrar e pelo nome t erri vel tleste Deos, que ell es j urnm gove rnar, proteger e de– fimcler o povo ; e que a mais hive in– fracç1to da.,; leis consti t u tivas do pacto social, de que o me3mo Deos foi testemunha. e tiador, não é já um simples crime <le lesa-naç~10 , que não offe nde sen~w aos homens, mas um sacrilegio prop riamente dito, porqne foz serv ir ao mal , diz Boss uet, o po– der que vem do Auto r de todo Q bem ; m is quando n i'"10 • bastassem esse priociµ ios, deduz idds da na-tu– rez,i 1u e::i1hu d,1s cousas, que freio uão é pa ra o,; chefes dos estadus a reu– nião de tan tos e tão pos it ivos ora– cnlo, ci 11e os ameaçam! Depois de coo vencidos pela Religião, l uc t odo o stiu p,)lle r vem de Deos - non est witn potestas: nisi a De(J - , elle:; ouvc tn soar continuadnmeute esta furmiclavel sentenç,1do Espí rito San– to contrn os prevaricadore., <la auto– ridade~ "App1icai os ouvidos, vós que o-o- . b vema is os povos e que vus glo riais <le te rdes cleuuixo de vó:; muita· na– ções; 11or'lue de Deos vos tem sido dado o poder, e qo Al tíssimo a fo rça, o qua l vos pergun turá pe1as voflsas obras , e esqnadrinhará os vo:,:1sos pen– samentos; porqu e St,ndo Ministros do se u n,eino , não J 0 ulo-n.stes colll . o ~q u~clade, nem gua rdastes a lei. d1 o mon::itro do despotismo, esclarecPn– do os governos sobre o ueo q ne de– vem fazer da sua autoridade. A üleia que a, Religião inspira de um Deos Autor, Protector e Che~e Supremo dl\ sociedade, cleclarn e faz ver aos que governam, que 6 na 1rna riresença , Just1ç•1, nem anda ·tes conforme a '✓ '.i n tade de Deos. E ll e se vos porá dwnte de um rnod·o temeroso e den" tro de pouco t empo ; porq 11 0, sobre o~ que _ g_overnum, se fará um juizo ngoros1ssnno; porque, com os peqne– nus tem-se mais commiseração, maq os poderosos serão poderosamente atormentados. Porque Di>oB não ex– cep_tuaní. pc~ssoa algurua., nem re pei– tara a grandeza de q ueru quer que for ; po rquanto elle foz o pequeno e o grande, e tem io-ualmente cui- dado ~e· todos. " 0 [ Continiia. ] D. R01\1UALD01 BISPO DO PARÁ.
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0