Responsabilidade Criminal

89 primitiva (Lombroso) emerge á supe,:ficie, despertos e exci– tados pelo exemplo, pela eloquencia alheia, pelas paixões, pela presença de crimi □osos que desempenham no ajunta– mento o papel de levedura, exaltando o animo de homens até ahi_ honrados e tranquill os, transmudando-os em violen– tos e r ernzes. Nos criminaloides, a occasião, prepotente, arrasta os predispostos, que sem ella não delinquiriam. Os criminosos passionaes prati cam o delicio sob o do– minio ua paixão, que explode de improvisü: d'ahi denomi– nai-os Lombrnso crimiuosos por ímpeto. Em casos taes tra– ta-se geralmente de moveis nobres , sendo exagerada a a cção do execu: o r. Quasi não ha anormalidade no individuo que mata po r amor, sobretudo quamlo attenta de seguil.la contra a prnpria existencia (F'erri). nem no infanticídio causado pelo abandono do seductor, no ciume juntifica<lo exasperando-se até ao as– sassinio , no homem que vinga a honra ultraja,Ja ou o amor filial atrozmente ofien•Ji<lo. Uma ligeira anomalia basta para prncluzir taes crimes : sensibilida<le muito delica·Ja, di sposta a oHender-sc ou melindrar-:-;e extraordin,aria111 ente ás injuria:; Tecebi<las, e impulsividade L1cil, respostando subito aos inc i– tamentos externos, ambas provenient es d"ttma excessiva e porventura morbiua irritabiliJaLle do syslema nervoso. São os. crimes da juventude, na edade em que as paixões do– minam. Estre itas r elações exi.: ;1.em entre os deliclos de ímpeto e o suicídi o; com effeito, os suicídios por pa ixão constituem proximamente o lel'ÇO do total dos suicidios. ltlenlica ana– logia se nota com os delinqu entes políticos, arrastados ao crime pPlo fanati smo partidario, economico ou social.

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