Responsabilidade Criminal

68 se tornam incendiarias; ao· inHuxo de idéas delirantes ou de allucinações, outros alienados podem praticar crime egual. Existem lambem doentes em que se patenteia a obses- 8ão do incendio, os pyromanos, aliás pouco abundantes . São os primeiros a chegar ao ponto do crime, fazendo-se uotar ás vezes pela actividade que desenvolvem na extincção do fogo que atearam (Pactet e Colin). . Citam-se casos, em numero muito reduzido, de aliena- dos que praticam crimes á instigação de outrem, que d'elles se serve como instrumento, dissimulando d'essa maneira sua personalidade malíazeja. Trala-se quasi sempre de alien~– dos em que as faculdades intellectuaes se acham em es- 1aclo de profunda decadenci a. Poude-se, assim, impellir idiotas ao assassí nio e ao incend,o e paralyticos geraes ao , furto. Assignalam-se accusações sem fundamento feitas por a lienados contra si proprios sob a influencia de disposições doentia:;. Em certos casos, os alienados autodenunciadores accusam-se de um malfeito inteiramente inventado, prnducto do seu delírio; porém as mais das vezes é da actualidade qu e recehem os elcmenlos da denuncia, por occasião de um crime sensacional, que profundament e abala a opinião pu– blica e em torno do qual a imprensa faz arruido. E s~c>s criminosos imag;narios recrutam-se, em geral, en– tre indivíduos presas de uma entoxicação, ,frequentemente a alcoolica, e que se encontram em um estado mental morbido que se disigna com o nome de delírio do sonho. Uma outra cla8se de alienados mostrn pendor accentuado para accusar-se de delict0s phanlasticos,- os atacados de de– li ri o melancolico. Concentrando toda a aclividade cerebral em idéas impregnadas de tristeza, avolumam os mais insigni-

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