Responsabilidade Criminal

59 sua falta, nesse momento, não tem significação (Krafft– Ebing). O cerebro possue funcções motoras e sensitivas; as fun– cções cerebraes sobre que assenta a loucura interessam egual– mente a zona de innervação que corresponde á motilidade e á sensibilidade. D'ahi, seu disturbios Jcompanharem assidua– mente os estadns psychopathicos. As desordens sens:tivo-mo– toras facilitam o diagnostico das aHeções encephalicas, podem mesmo permittir afiançar-lhes a existencia em época antecipa– da, quando os phenomenos psychicos não parecem ainda cla– ramente pathologicos. A esta ordem de factc•s pertencem : as anomalias do pulso (retardo, dicrolismo, monocrotismo), as anesthesias, hyperesthesias e neuralgias, as paralysias dos nervos craneanos, as anomalias da innervação da iris, irregu– laridades pupilares, desconcerto da palavra, caimbras, para– Iysias, aphasia, etc. (Krnfft-Ebing). A differença entre o mecanismo psychico do homem normal e do alienado consiste em que, no primeiro, os pro– cessos psychicos se acham, no se:,1 conjuncto, em dependen– cia e harrnônia com as impressões e factos reaes do mundo exterior, emquanto que., no segundo, esses processos se des– envolvem segundo condições organicas intimas de natureza pathologica. Traduzem, assim, pbenomenos espontaneos, sub– jectivos, que surgem na consciencia sem ler mobil nem causa no mundo exterior. Para construir o quadro da loucura, deve proceder-se de maneira synlbelica, agrupando methodicamente os pheno– mcnos observados e estabelecendo o seu nexo regular; dis– pondo e combinando, para depois interpretar com acerto, as acções desatinadas cornrnettidas; estudando a ordem em qúe uns e outras occorrem, e as relações existentes entre si : -

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