Responsabilidade Criminal

16 os processos p ycbi cos, emquanto a consciencia, em via de desenvolvimento, ape:1as se exercita nos factos concre– tos notados por experienci:l e em idéas abstractas simples referidas por analogia . A~cres::'.e, ademais, um decidido pendor á alternativa tlas sensações, ás mudanças de propo– sitos, a que se ajustam paixões, que abolem o raciocínio ainda parco, e arrastam a actos impulsivos, sem critica, ·em me<liJa, sem escopo. Os brincos, jogos e [olganças, a curio::iidade e a ancia de saber congregam-se para man– ter urna ai::tividaJe sem descaoço, que as mais das vezes leva a innocuas dellusões do muntlo exteriOt', mas ta~– bem a aeto · de[esos, po rque, não tendo completo o en– tendimento, impossível se torna apanhar de um relance todas a::; pbases de um ca o, prever as suas consequen– cias pruximas, menos aimla as remota<;. Assim se expli– c:am intentos malevolos ou perver:,os nas crianças, que, pela escassa experiencia e debil ret!exão, não se acbaLn em circurnstancia de aquilatar antec:ipadament-e O alcance cJe seus actos; ha, demais, nessa tendencia infantil á mal– vadez uma expressão prop ria do espirito, natural e ins– tinctiva nesse período da edade . Desfigurar o ac:ontecido, men tir deslavadamen le, burlas de tod.:i a sort e, apropria– ção da:, cuisa5 alheias, violencias excessivas, propen:;ão a destruir e a commetler actos de vingança, são factos bastante frequentes na primeira juventude, sem que possam ser considerados indicio de um desenvolvimento pathologico. O seutimeuto ethico, que reprime o egoísmo e só delicia os proprio::; Jesejos quando não causa damno material ou intellec:tualrnente a outrem, é muito fraco na infancia ou falia completameato. A tagarellice acompauhada Ll e uma certa ligeireza na

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