Responsabilidade Criminal
9 uma alma consciente por si mesma, achando-se apenas temporalmente ligada a um órgão corporal, de que se serve como de um instrumento; oppostamente, as scien– cias naturaes assi gnalam aos processos psychicos um ór– gão concreto e os consideram como funcção do cerebro (Kraflt-Ebing). Os processos psychicos depeadem das funcções dQ ce– rebro considerado nas mutuas e complexas relações com o corpo inteiro. O ponto .em que elles se elaboram é re– presentado por cellulas e fibras innumeras que asseguram o vinculo entre os mais distantes territorios no conjuncto dos órgão~• recebendo os abalos do mundo exterior, elabo– ram-n'os e enviam-n'os, sob a fórma ele innervação ou im– pulso, aos territorios peripheri cos. Ademais, todas as . im– pressões recebidas pelo corpo agrupam-se nos diversos ter– ritorios cerebraes e ahi se transformam, tanto em vagas sensações, como em percepc,:ões conscientes, em pensa– mentos, em sentimentos, em paixões (Kraíft-Ebing). A volição e os a~tos que d'ahi derivam são o eífeito inevitavel da preponderancia dos motivos internos. Os ob- ' jectos e as circumstancias ex ternas valem pira cada um de nós, nn.o já pelo que são e quaes os sentidos e o intel– lecto nol-os representam, mas só pelo quanto ~os commo– vem, despertando sentimentos. O valor que adquirem a nossos olhos é por isso todo suggestivo; depende da pessoa, que os avali.:i pelo gráu de reacção com que o organismo responde, em um momento dado, ás impressões recebidas. A observação diaria nos mo»tra que, posto todo ho– mem sinta e reaja de maneira differente dos outros ho– mens, nas suas relações com o ambiente age e reage de modo habitual, segundo o proprio caracter, que dá a
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