Responsabilidade Criminal

106 um exame superücial ares de razão, podem adqui rir auctori– dade sobre pessoas que os vejam só de quando em vez, crear nellas partidarios, e fazer brotar assim a desbarmonia e en– treter a cliscorclia nas suas relações e até no seio das fam ilias. Quaesquer que sejam as variedades infinitas de semi– loucos, reunem-se sob dois traços communs, dois signaes pa– tbognomonicos: 1.º) Em parte alguma se encontra tanta ingra– tidão quanto nelles. . . 2. 0 ) Não allendem advei·tencias, não seguem nenhum conselho, não modificam as suas determi– nações (Trélal). Psychiatras contempornneos completaram e aprofunda– ram a analyse iniciada, modificaram a concepção geral que rewrn os facto · observados e, alfim, estatuiram o estudo da semiloucura em tres grupos dislinctos de casos (Grassel): 1.º)-Ha symptomas de semiloucura em alguns alienados asylados. Notam-se nelle:, clelirios parciaes: para todo o resto . de sua actividade psychica, esses doentes são apenas semi– loucos, com quem se pode conversar longamente, sem desco– brir outra cousa além de uma tal extravagancia ou cert o gráu de originalidade, té o momento de se dizerem impera– dores do deserto ou perseguidos pelas lojas maçonicas. 2.u)-Os alienados, que se curam por um tempo e saem do hospício, ficam sob a ameaça d'uma recaída: são muitas vezes semiloucos nesses lapsos intercalares da saude relativa, ditos lucidos intervallos. 3.º)--0 mais importante destes grupos é certamente o dos semiloucos que não são jamais loucos completos, não apre– sentam, mesmo transitoriamente verdadeiros accessos de lou– cura, e ficam serniloucos toda ::i. vida. Os symplomas observados nos semiloucos são natural– mente os mesmos que nos loucos; não se distinguem no se- •

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