Responsabilidade Criminal

99 • que abraçam mui presto as idéas novas e se fiJiam aos par– tidos avançados. Delineada as ·im a figura do criminoso nato em seus ca racteres physicos, biologicos e psychico~, entra Lombroso a estabelecer a ana logia, que a seu vêr resulta clara, com o louco moral e o epi leptico. A loucura moral consiste em uma alteração do senso moral, podendo chegar até a carencia absoluta . A fusão do louco moral com o de li nquente apoia-se em provas variadas. Uma d'ellas, ind irecla, é a grande esc~1ssez da loucurn moral nos mauicomios e ·ua enorme frequencia nas prisões. Porém as provas mais concludentes, por clirectas, firmam-se nas analogias dos caracteres anomalos,-physicos, biologicos e j:>sychicos. Ao par d'essas incontestes analogias, alguns psychiatras pretendem encontrar differenças peremptorias. Krafft-Ebing, por exemplo, tem corr.o mais propria da loucura moral , não só a marcha progressiva da .enfermidaue, senão tambem a concomitancia das affccções cerebraes, do estrabismo, das anoma lias genitaes, etc.; porém Lornbro ·o assegura ter dernon:lrado que essa simultaneidade se verifica commummente nos criminosos natos Do mesmo modo no que respeita aos caracteres psychicos de impu lsividade, de im. prudencia, de crueldade, que Pinel attribuia excl1<1sframente aos loucos rnoraes. Krafft-Ebing sustenta que os loucos moraes se distin– guem dos delinquentes por serem inaptos de estender se u horizonte iutellectual mediante a educação; pela absurdidade dos actos contrario:; a seus proprios interesses, e pelas idéas fixas que nelles apparnccm ob o iufluxo da paixão. Mas n. verdade, segundo Lombroso, é que louc-os moraes se têm

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