Responsabilidade Criminal

97 os affectos, pois ás vezes sobrevivem alguns tl 'elles : amizade pura, amores, gratidão, amor filial ... Comludo, na mór parte dos delinquentes, até mesmo as nobres affeições tomam um aspecto morbido, excessivo, desequilibrado e instavel. Em Jogar dos affeclos familiares e sociaes, dominam algumas paixões, de con tancia tenaz: assim a vaidade pes– soal, a vangloria do Cl'ime, vingança, crueldade, bebidas e jogos de azar, gula, tendeocias venereas, orgia . Raramente conhece a verda'..!eira paixão amorosa; é antes um desejo carnal, selvagem, de bordel; viver na bacchanal é o seu me– lhor prazer. Nesses organismos physica e p ychicamente retardados, o senso moral,--a mais alta e mais recente acquisição da humanidade civiiizada, - é sobremaneira defíeituoso. Muit os não têm idéa da immoralidade da culpa, o conceito do de – ver acha- se completamente invertido. Carecem ele remorsos, suas manifestações de arrependimento são hypocris ias in- , teresseiras, já com o fito ele explorar as nobres illusõe::; dos pbilanthropos, já para evadir-se ou melhorar a sua situação de prisioneiros. Entretanto, a idéa do justo e do injusto não se acha apagada de todo ; mas é apenas i<léa estcril, que afogam sem• pre as paixões e o habito. A alteração do sentimento moral é demasiado profun da nos delinquentes nat o , a ponto dos castigos não lhes melho– rarem o animo, pelo que reincidem nos mesmos malfeito· ; la! índole crim inosa mani fes ta-se, desde o inicio, pela prec-o– ciclacle. Todas as estatí sticas pcnaes mostram a constan cia e a r epetição, cada vez m::uores, da reinciclencia nos criminoso~, mormente no pàizes mais civil izados. Crê-:-;c que todos os delinquent e::; sej;'!m incréus, pon1tie

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