Responsabilidade Criminal

96 tos que tocam mais o coração --pa recem mudos nessas e reaturas. O que primei ro se extingue é o da compaixão pelas desgraças alheias, sentimento al iás nascid o do egoísmo, por– que a fórma mais simples da sensibilidade moral tem por base um facto physico, isto é, a memoria de uma dôr soffri– da em· conjunctura analoga, como indica a et ymologia da pa– lavr a «compaixão•, patire cum . Os criminosos não podem ter compaixão da dô r, que não sentem como tal. A completa indifferença em face das proprias victimas é um caracter constante de todos os ve rdadeiros delinquen– tes, attributo provindo não 6 da carencia de piedade senão tambem do desprezo pela vida do proximo, desprezo que, ao demais, têm pela propria, reproduzindo um sent imento essen– cialmente atavico dos selvagens (Lombroso). Esta insensibi– lidade á dõr, ainda á propria, explica o fac to de certos de– linquentes realizarem acções de um exlraoedinario valor, na apparencia. Entretanto, a maioria dos criminosos distin– guem-se por uma grande cobardia, 4uando se vêem de sm·• presa em fren te do perigo. A indiHerença ante a morte alheia contribue para expli– car a pouca ou nenhuma correspondencia entre a gravidade do crime e o mobil, que o gerou. Em summa, a aberrar;ãn do sentimento é a nota ·ma is caracteri:;tica do criminoso nato, podendo munir- se uma grande intelligencia ao pendor criminal; nunca porém coin• cíde com elle um sentimento affeclivo in tegro. A insensibilidade serve parn interpretar um phenomeno quasi característico <lo delinquente (l\lorselli) : a maior frc– quenc.:ia Jo suicídio Seda erro suppor nos criminosos a cxlincção de lodos

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