Relatório apresentado ao exm. Sr. Dr. José Paes de Carvalho pelo secretário Dr. Innocencio Serzedello Corrêa em 28 de fevereiro de 1899

1 \ / ,,, ' i - 289- A solidariedade dos illl mil!rantes cm um nucleo colonial constitue muit ,s vez~s uma resistcncia poderosa que os arrasta para o proprio m·1l-estar, de que é ainda a ad mini straçD.o (JUe tem o dever de protegei-os. Ora é evidente que desde que se mult ipliquem os nucleus cr loniacª: as diffi culdades expostas poderilo mais fac ilmente f azer-se sentir em pn •j uizo do sen ·iço geral. Comt udo, os multiplos t rabalh os de discri min ação a que j {L me refe ri impunham-se como nc1;e,sarios pela contin):!encia cm que se vi u o Governo de attender ao gra nde numero de lo– calisaçõcE reclamaâas pelos nado nae~ dos l•~~tados do Rio Gran– dé <lo Norte e Ceará, pr incipalmente, que fl agellados pela sec– ca procuraram o nosso Bstado como abriµ-o seguro contra os seu ; desare~. A immigw çilo nacional f'u n n'ceu no anno ultimo grJnde c ontinp:cnte :'t nos~a lavoura. R t>a lisada como fo i clla, não com o intuito de despopula– risar os outros Estudos <lo nosso p:,iz, em favor d'este onde ha– bitamos, ru as sim em ,-irt.ude dos au xílios que o Governo jul– gou de seu <le,•er prestar, indo em ~occu rro dos nossos irmãos visinbos, h a muito ligados a nós por laços íntimos de commu – nhão <lo trabalho, corupr ehendc-sc a razão .JtJ RH d'essa imrni– ~raçilo, 'lne de out ro rnotlo no.o seri:t j ustificavcl. lmmigruç11o extr:io~eira, coloni-ação na("ional,-eis o pro– blem 1 como tem , ido SC'l1i1re f'o rmu\adu e a cuja solução cumpre envidar e. forços colo, ··•~s. E stimular a entrada e ''itabilidade de ª"entes do tr.ibalho, de modo a condensa r cada vez mais a pop~laç11o n'essa vasta •extensão de territorio de <1ue dotou-nos a natureza; incitar a v odlH:tiYi<lade d'cste solo abe nçoado de modo a prender intei– rame nte a es•cs q~e comnnsco ,·cnham colluborar na producção da ririut za · publica; cerca r de ext remas ••arantias nas va– riadas furmns de direitos arp1elles que, extrang~iro, hontem, ama– nhã libertados da oppres:lào da mizeria em que se achavam queiram tornar-se ad11ptivos fi lhos d'e,la rnc~mn patria onde podc_ram ns,;P~urar o bcm-e_~tar d.. sua familio; multiplicar as medidas tend entes a µ,e rar o rntcreose da upplicaço.o dos capito(~s para a utili,açno da terra e para o successiYo aperfeiçoamen to <los meios ~e prod ncção; prorn oYer a rP.eun,tituição das prospe– ridades al!n colas, oL?dcccndo n0 util espírito ,la cooperação moderna_em íJIIC a vid l\ das pequena~ proprie<ladc3 se torna neccssaria para que as_grundes ~e possam mant er; incutir no unimo <los µ; randes ugrwultorcs o vulor econoruico que repre– senta ~ tcrrn como elemr.n~o de riqueza e u ligaçllo que deve subsi~t1r entre dia e o cap_1t al par~ riue nD.o se deixe O pr0duc– tor e,ma~ar pelo <'Onrnm1d?r;- e1Hus qur&ti:il's multiplus que, alem <la~ i(UC vffere_ce prnp_na~ Pnte o vm;to campo dos conhe– cimentos a;.,-ronoruic%, hoJe rndi~pcnsavcis. uprcscntam ~e :·~ cogitaç!lo dos que i,e J evn tu intl'rei:sar p~lo difli cil problema <!ID 1 1ue us,r.ota f\ uos.sa transforrunção cconoruica. O)er viço de inlrod ucção de immigranles exlraugc iros fo i fe i-

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