Processo Maués

-92- tino contaüa por Antonio Engracio Soares, na casa do Sr. tenente coronel Thomaz Amanaj{t , a que j:i me referi no artigo antece(lcnte, disse- «qne em_i:clação á copclucta anterior do réo gótle affi.rmaL· qne, !ta. tempos, f01 portador Cle uma carta para João Corr0a, irmão. da v1ctima, e que estl', ao lel-a, declarou-lhe ser ele na irmã D. Victoria, q nc pedia-lhe para ir bnscal-a em casa ele . en marido que a havia ferido nn mão rom um crmivete.»- O Sr. João Pedro Corn'a do. Santos, qnando inquerido, di se : -« que ·oube do assassinato de sua irmã por nma carta do sen cunhado, o Sr. João )faués; qnc co111pletamente nada sobe da morte d'ellu. ignorando l]llcn~ sejci o autor de tc7o barbara a sassinato; ma , em virtude de _ :mter10re P(:CCedentes, suspeita de eu cu– nhado João }faués Filho; e suspeita porqne constantemente tinha -noticia de que ellc a rnaltrat:n-a. t~11tó as im que cm Jnnho ele 1 93, saben lo q ne ella se ae;hava fenda por seu mar-ido, como clla propria lhe mandou dizer, rcsol":eu ma~daj-a bnscar para na ca a, onrlo C'SleYe cm ti·atamento, mais de b cbas, elo ·en ferimento ele {ara, feito por seu m:U'ido em urna das mã_os_; por e. t eoutrosvre– ('f'C/entes é q ne é leYado a fa;;,cr semelhante J mso de seu enn haelo. • - P or mais conclemnavel qno . cja_ f? facto de 1 !J referido pelo Sr. João CorrC•a, naturalmente sen 1b1hsatlo cm eo atrecto frater– nal pelo crime, qne a todos tem J?rofundai12entc_ cr,:io_cionado,. o p l'ecedente não antorisa a s ua su. peita, que nao 6 md1010. e 1ni11to menos proYa de crime algum, mormente da cathcgoria do que se trata. Entretanto salientarei UJ?a 9ircumstancia, importante no clominio ela moral, e 6 que p. , 1ctoria, \"Oltando para a companhia de .·eo marido a , 1 ~1 m e;ontmnou a ~lar filhas, reconhcc· o que o. eo arrebatamento não significava mobYO para accusal-o, o por isso Ih o perdoou. E quem sabe si, virtuosa como era, não sentio remorso de alguma provocação de sua parte? Agora, yeja o leitor o ardor com qnc o Sr. João ::\Iaué. amava sua mulher, na contestação da testemunha: - Realmente tc,c um dia uma pequena diYergoncia com « sua mulher, ferindo esta na mão com um garfo que clle tinha

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