Processo Maués
-146- . ilias crei_o finalmente que, l)Crpeh'ado o crime, o assas ino Jo1_ apenas abrir a gaveta do "&alctio - onde seos dedos cortados deixar~m a9.uolla nocloa ele dedo ensang1wntado, e junto da qnal on_tro ·1m deixou aquellas pegadas ele 28 centimetros-e tiron d'ella a 1mportancia da venda diaria , para faser acreditar não só qne o roubo fõra o movel do crime, como que este fura perpetrado p~r quem ignorava o lugar em que o Sr. João .Mau6s guardava o di– nheiro. E ' o que nesse momento attribnlado veio á monte ele :i\Ia– noel Lopes, pensando desviar assim ele si todas as suspei tas. Sustento, sim, com todas as força .· ela mais robusta convic– ção, unicamente formada pelas circumstancias provadas nos autos, circumstancias que são de _ta~ sorte antecedentes, concomittantcs e consequentes do facto crm~moso, elo qnal não podem ser clesli– gauas, q11e Manoel Lopes qmz attentar contra o pudor elo D. Vi– ctoria, primeiramente pela sc<lncr,ão, depois pela v:iolencia, acaban– do por ma.tal-a. Eis como os fa ctos passaram-se naturalmente. Manoel Lope~ olyercce-se p~ra acompanlutr Fran •isco, man– claclo por José M.an_cs a casa qua _1 fronte,'.'ª de Thornaz Paraensc. Arma-se da f~ca tlo seo l?ªti ão, emp1egacla no estabelecimen– to cl'este e no son•1ço clomcst1co -vorquc esta faca clesappareceo na noite elo crime - . . Deixa Francisco cm casa do dito_Thomaz _Paraonse, vouco dr,pois das 2 horas ela maclrugac{a, e retira- ·e s~smlw n? roboq_nc, não indo para a tar agem cl~ peixe parn onde rn Francisco_ 1 ior– que mio O ar:oi 11 panhoii- o nao \'Oltanclo pa ~·a a ca ·a de J osó 1\fanés, quc tão perto cl ista "ª - JJ0rq3:e este lhe almr11, a vorta cle])ois de ler dormido um bom s0111no- 11 ao sabond_o qn_c horns era~. Dirige-se para a casa ele p. '\'i~tona-que sabia estar sú e tinha certe 8 a elo qne o mando nao vin~ so_rprcndel-o_. Chega, desca lç3:-se - pon111e a/li, cleuon as clnnellas que fo- ram depois appre!t!'lldu/as. . Chama por D. V1ctona - que lhe conhece a i·o: - e pede-lho oleo elo amencloas doces para a esposa de seo _cnnhallo - qnc clla uein sabia estar com dores de parto, olco depois encontrado sobro . ·t sem que est1,·cssc este ensa11:111e11tado nem a garrafa 0 pm apei ºti 1 0 qtio IJl"OYa que esta ft)ra ahi colloeatla antes elo qno o oon m ia, , assassinato. . 1 r , • · ·• l D Victoria que sabia que 1\Ianoc 1 opes e1 a rcuxeu o (e. 00 onnhaclo·· que lho merecia até cntilo CO(ifwnr:a; e _qne pouco t~m– po antes 'i·iem buscar e leoírci o seo mando: acredita na nece ·s1cla-
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