Processo Maués
-99- Não a esqueça o leitor -que de eje de cohril' e_ conhecer toda a Yerd acle de tão crnel attentaclo- porque, pm:a cliante,_pre– cisarei d'ella como um dos elementos de prorn da 111nocenc1a do Sr. João l\Ianés. 3.º- «Que era amiga d~ D. Victoria, e tinha liberdade ele enh'ar em sua casa sem amnmcrnr-se». Ao que accresceniou o Sr. João )I::rnés, por occasião da con– testação - «que realmente a testemunha era muito amiga de sua mulher -' ia ajuclal-a á coser em casa e ás vezes lá dormia ». Provada esta intima ami sacle, claro é que ningnem melhor elo que esta testemunha poderia certificar os mâos tratos, que o Sr. João Manés dé se á sua mulher- si fos em verdadeiros, e não variações do mesmo thema -aquelle arranhão na mão em 1893 ( !) - thema que assumio as proporções ele elemento de criminalidade -até de ferocidade- que approuve dar-lhe um alto funccionario ela nossa magish'atura -com desusada amplificação. 4. 0 - Oue D. Victoria era uma .-enhora muito \·irtuo a, gmn– dementc respeitada de todos os mo~·aclore · elo rio ; 9.ue nunca ouvio pessôa alguma fallar d'ella ; que tratava seo marido com alfeiçiio, não lhe dando re posta alguma offcnsi'Va, e a tinem sempre respon– dia com o riso nos labios; e que diante d'ella nunra o Sr. João :.\Iau~s maltratou sua mul her -; 9.110 . entl'Otanto, lembra-se ele que no dia 1J ele Junho ele 18DJ - st bem se reco1·da- recebeo em sua casa um bal3:io c~e roupa, isto pelas 11011a ela manhã, que lhe rnand~u D.·"\ 1ctoria_para la~ar e enxugar até a tarde, porque tinha ,lo retil'ar- e para fora e nao poder lavar, porquanto- o seo cara 8C1n i-ergonha - tinha-lhe_tlaüo uma facada, na mão . . . . ,, ~ fi nal d'e_ste dep~nme!1to ó destruido J!elo eo principio. i; omo pocba D. Vwt01:ia tratar s~o mando com a/feiçl7o, rcs– IlOndcr-l hc ~empre com o ri so 11o_s labw , nunca dar-lho uma re - posta offensica ~ e, comtudo, envmntlo roupa para 0 er laYada pela te tem11nha pocha chamai-o - cara sem rcrgonha-P Esta confitl~ncia repugna á uma enh<_Jra 1~uito ,irtuo a, grandemente respmtada el e todos que a conhecrnm eram seo ,i– jn.l.1os no p_equ~nino fmo ~[ahuba, á uma senhora tle moral puri. _ 'mna e elo Y1da 1rrcprchons1vcl. ~ão: a cxpre. ão cruel de-cm:a sr111 1:erryonha- n'í.o 1)0clia ,;ahir do. labios llc uma esposa, cuja rc~veitabÜidaclc tl Lcarnct ~ estú afli rmacla e continuada nos autos. '
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