O Guia do guarda - civil

.: "' Moral é •O corpo de preceitos e regras pelos quais se deve dirigir o homem para ser util a si e aos seus semelhantes. Conduz á pratica continua do bem, continua e desin– teressada, pois que a deve inspirar, não o desejo de ha– ver recompensas ou evitar castigos, mas sim e tão sómen– te o reconhecimento da sua necessidade como condição de paz intima e de harmonia entre os homens. Essa convkção, quando profunda e inabalavel, desen– volve e fortalece a idéa do dever, que existe em todas as conciencias e é inseparavel da razão, não dependendo mesmo de prévio cultivo inteletual, certo como é que só os alienados (os que vivem alheios a si propriost são inacessíveis ao seu domínio. A moral abrange todas as ações humanas. Nela o proprio pensamento encontra sujeições a que não deve resistir, afim de que a vontade não seja perturbada pelas paixões: e sob a influencia delas se não transgridam os bons princípios. As paixões são as molestias da alma. · O fim do homem é a perfeição. No que fômos e no que ora somos está a melhor prova d'isso. Pertencem á moral todos os meios que conduzem a tal fim. Esses meios são as suas leis, normas e principios, pelos quais deve cada um regular a sua atividade, obedecendo con– cientemente a um destino que faz distinguir a pessôa hu– mana de todos os demais seres viventes. A moral compreende e coordena as praticas que realizam o bem. A ·noção do bem se contem na idéa do dever e vive na conciencia do homem, sendo impotente a vontade para daí a expulsar. Não é, por isso mesmo, sem intensa luta intima que se atenta contra a moral. A conciencia presente a infração e desde logo a combate intransigentemente. Durante a execução não cessam as suas advertencias e concitas;ões.

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