O Guia do guarda - civil

n9 que opuzermos ao· do individuo que nos queira causar dano, seja no proprio momento em que a agressão se es– tiver efetivando. As grandes competencias juridicas hão asseguràdc• tambem, como dirimente de culpabilidade, o crime come tido por quem se ache na iminencia de ser vitima de outrem. Antes e no · morriento da agressão se justifica; de– pois, não. Si um individuo, contra qualquer de nós, arrancar de uma arma de fogo, ou de uma faca, lançar mão de uma fouce, ou de um cacete, e si da analise rapida, mas perfeita, que fizermos da sua excitação nervosa, da colera de que estiver possuido, ou si, por conhecermos da sua temibilidade no meio social, concluimcrs, sem duvida nenhuma, que vamos ser agredidos, o bom senso nos aconselha que não deixemos que a arma de fogo seja contra nós detonada, que a faca seja cravada no nosso corpo, que a fouce nos golpeie, nem que o cacete nos moleste para, então, nos defendermos, sendo certo que todo o instinto de conservação animal, toda a certeza ra• cionada do mal que nos vai ser causado nos impelirá a • precedermos esse malfeitor na agr~ssão prestes a se efetuar, para impossibilitar que ela se positive, parecendo, a quem não estiver sob a ameaça do perigo, ser para– doxal essa defesa-agressão. Tudo depende da observação que nos proporcione esse individuo. Isto não quer dizer que, pelo simples fáto de um sujeito ter á mão uma arma perigosa, logo saquemos da nossa e desta usemos contra ele. Tal precipitação significaria pavcr, palavra que o Guarda-Civil só conhecerá lexicologicamente,-devendo estar isento dele pelo treinamento frio dos episodios de ru2. lndividuos ha que só puxam da arma para meterem medo, fugindo desde que hajam conseguido essa sua intenção. O custume do perigo a que, quasi diariamente, o Guarda-Civil se expõe, lhe dá a calma necessaria para agir com precisão. Si esperar, primeiro, o tiro, a pancada, o golpe, a facada, para, então, se defender, está arriscado a perder a vida, quando, no entanto, a arrisca nobre e abnegada– mente, as mais das vezes, em defesa de outrem e no exercício de suas funções.

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