O Guia do guarda - civil

• • 35 Estes, no .entanto, á medida que os seus processos e ardis eram conhecidos e neutralizados, logo os substi– tuiam por outros, vnlendo•se, até, da ciencia para os ape rfei çoar e desnortear os seus perseguidores. · Isso mais precari a torn ava a ação Inves ti gadora, já de si imperfeita em razão dos se us me todos primitivos e rotineiros. A Policia via mal, induzia e deduzia imper– feitamente, abandon ava indicies preciosos por não os saber decifrar, não tinha memoria, e os reincidentes pas– savam pelas suas mãos corno criminosos primarias. Tudo dependia do agente, da sua expe ri encia e b&a vontade individual, e cada agente, com o fim de desta– car-se dos seus colegas , guardava avaramente quantos informes uteis podesse colher no exercício das suas fun– ções, concorrendo, dest'arte, para a pouca prestabilidade do conjunto. Evoluindo, a Policia se desprende11, a pouco e pouco, do exclusivismo de tais metodos , chamados empíricos, porque derivavam tão sómente da pratica e da tradição, e, apoiando-se na farta e valiosa contribuição que as ciencias lhe oferecem, poude subordinar os seus esforços · á normas e orientações que lhe concedem vantagens ir- recusaveis na luta contra o crime. _ Chama-se Policia tecnica á que se espe_cialisa na aplicação tlos conhecimentos científicos aos serviços de defesa social, estudanao o mundo delinquente e deter– minando, nos crimes concretos, a identidade e responsa– bilidade dos seus autores. A outra Policia, incumbe proceder de modo a não perturbar a ação da Policia tecnica, cujas operações, em regra, se iniciam nos locais do crime e terminam nos fa– boratorios, de onde saem as provas que inocentam ou acusam. A policia tecnica, entre outros trabalhos, realiza os seguintes : · -Utilisando-se da fotografia, «a memoria artificial da humanidade>, perpetúa' os locais de crime ou acidente, fixa a posição do cadaver e a localisação dos ferimentos, e reproduz fielmente as manchas de sangue, as impres– sões de passos , mãos e dedos, e as marcas de violencia . exercida sobre moveis , portas, etc., servindo ainda para ·a identificação dos criminosos, como elemento auxiliar, e para o exame pericial de documentos arguidos de falsos ou viciados. . Denomina-se judiciaria a fotografia q~e é utilisada na investigação de crimes e na busca de cr'iminosos, re- • • ...

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