O Guia do guarda - civil

.. • 20 • ~ Irreverente, audacioso, é todo aqt:êle que o· contesta ou critíca . Só as virtudes são causa de acatamento e admiração. O vaidoso bem o c-oqe e, por. isso, se entrega ·ao hercu– leo e baldado esforço de apa rentar predicados que não tem e que invej a e hostili sa-. No entanto, si se não in– surgisse contra a sua conci encia, preferi ndo uma conduta que ela não cessa de repeli r, poderia querer e nbter o que não possue e finge possui r, e, decerto, o seu traba– lho para tal fim seria muito mais suave do que esse que lhe exige o intento de enganar .os outros. Ha casos em que a vaidade coincide com o valor. Ocorre então que se exagera esse valor. acima do qual se pretende que outro não possa existir. E' a mesma obsessão de predominio e superioridade, originando si- mulações e indignidades. . Cobardia não é somente a capitulação da vontade e · do dever deante do perigo fisi co. E' tambem a submissão inc.ondicional da propri a vontade á de outrem, por amôr do goso e da tranquilidade. O receio de q ear dissidios e malquerenças, o horror da responsabilidade e o desejo çe não interromper si– tuações comodas levam o cobarde a concordar com todas as opiniões, sustentando aqui o que ali impugnou calo– rosamente. Incoerente, duplice, contraditorio, abdicando da sua dignidade por apego a interesses subalternos, êle, que a ninguem ilude, é o primeiro a reconhecer que o seu procedimento ofende a condição humana e não autorisa a sua inclusão entre os homens retos. E, ordi nari amente, a dóbrez não proporciona vanta– gens demoradas. Os chefes desestimam os aux ili ares qu~ não ousam divergir das suas op iniões, e, quando carecem de homens para comissões de relevancia, não deitam as suas vistas sinão para aquêles que sabem pensar e concluir i::om sin– ceridade e independencia. Dignidade pessoal.-E' o sentimento pelo qual re– veren ciamos a nossa condição de homem, aceitando e exalçando o dever de honra-la pelo bom uso das admi– raveis faculdades e aptidões que ela nos concede gene– rosamente. E razão tem o homem para se orgulhar da sua con – . <lição. A ci vilização é obra dêle, graças a essas faculda- des e aptidões. • Só o seu esforço admite continuidade, zombando da .. •

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