Mensagem apresentada ao congresso legislativo do Pará em sessão solenne de abertura
por sobre as cifras estatisticas que temos sob os nossos, no moment0 em que traçamos estas linhas cheias de sinceridade e de encorajamento . Em 1881, data em que começa entre nós a estatí stica industri al , tí nhamos uma producção que não ia alem de 5 milhões de kilos. Dahi por , deante, só excepcionalmente, como aconteceu em 1888, quando ti vernos– quasi sete milhões de kil os de cacáo, cahimos para a casa dos 3 milhões, ba ixando o indice até irmos a 531.000 k il os em 1926 e 843.000 em 1928. Esse quadro é ve rdadeiramente impressionan te ante o progress ista que a Bahia nos pode apresentar , relati vamente á sua industri a caca ueira . Pode- se dizer que depoi s de Ac ra (Gold-Coast) está co llocada a Bahi a, que em poucos annos des locou o Equador e mais alguns paizes producto · res do continente. A sa fra bahiana para 1928 1929 é ct1 lcul ada em 1.300 .000 saccos ! Temos grande conf iança no resurg imento da nossa industrio ca - caueira e contamos den tro do quatri enni o in iciado eleva r o ní ve l da nossa exportação, o que será um exempl o eloquen te a seguir pelos go · vemos futuro s para a propaganda que desde j á começamos a faze r en tre os nossos agrrcultores Os primeiros passns es tão dados e os resultados . da acção v igorosa do govern o, co ll aborada com a de quantos se interessam pela nossa grandeza economi ca, colherão os melhore fru ctos. Em di as de Maio do co rrente anno reun imos , sob a presidencia do Secretario Geral do Estado, varias personali dades e alguns techni cos no assumpto, aos quaes commettemos a incumbencia de nos apresentar um trabalho sobre a maneira de agitarmos com proveit o soergui rnento da industri a cacaueira no Pará. O relatori o que nos fo i envi ado por essa commissão enca rregada dos alludidos estudos é um trnba lho vali oso e por i sso mesmo o transcrevemos na integra, para vos servir de gui a nas me– d idas que ju lgardes necessarias n nossa acção neste probl ema economi co. Podemos assegurar- vos que contamos com o aux il io do Governo Federal para a install ação de uma estação de cul turn de cacáo, condição indispensavel, como pon to de part ida, para o exi to da grande obra em que estamos todos empenhados. RELATORIO «A Commissâõ nomeada p:1 ra estuda r os meios de promover o au– gmento da producçào do cado ne ste Estado, tendo em vista a escassez dos recursos dispon iveis e a necess id aJ e de uma interve nção immed iata e cfficaz, tein a honra de apresentar o seguin te projct to de cn:açào e o rga n:s2ção de um «Serviço de Fomen to á Industria Caca ueirn». · O auxili o á industria cacaueira no Estado do Pará scd dado por inter– medio de uma «Estação Expe rimenta l para a Cu ltura do Cado » e de quatro gru pos de turmas de ensino agricol,1 ambula nte traba lh:indo sob a direcção tcchnica da dita Estação e distribuídos· r.as divcrsJs zonas do Estado. A «Estação Experimental para a Cultura do Cado» sera estabelecid a na vizinhança de~ta capital , de preferencia em terrenos con te ndo já um certo numero de ca :aueiros fructife ros, tendo em vista, na Joca lisação da dita Esta– cão que si a cu ltura do cacáo é, em ge ral, mais fac il e mais ra pidamente . , , rendosa nas «-.<arzeas a ltas>,, encontra m- se tambem «terra fir mes» qu e pro – duzem cacáo de qual idade su perior, com a va ntagem de não serem ex postas ao perigo de desastrosas in und ações. 70
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