Mensagem apresentada ao congresso legislativo do Pará em sessão solenne de abertura

No primeiro semestre do corrente anno, foram exportados 173 .976 kilos de castanha descascada, que produziram para o Estado, á razão de $400 por kilo; 69:590$400 . De mez para mez, vae essa industria augmentando, visto corno, sen• do, em começo, apenas urna firma commercial a ~rnpregar esse processo de bene• ficiamento da castanha, hoje iá cerca de meia duzia dellas explora o referido pro– cesso. MADEIRA.-De tod as ..s riquezas oaturaes existentes no Estado do Pará, não ha nenhuma que <e possa comparar com a madeira. Florestas immensas quP. acompanham o urso Jos rios e cobrem vastas areas, ao norte e ao sul da cor– rente amaionica, são viveiros inexgottaveis, pode-se assim dizer, de madeiras as mais variadas em qualidade e yalor. Cerca de duzentas variedaJes de madeiras foram já devidamente classificadas pelo Museu Commercial do P:irá, quanto á côr , appl icaçâo, peso especifico ou densidade media. ·· Antigamente era bem regular a exportação de madeira deste Estado, sendo Portugal o seu maior consumidor. Tambem seguia ..regular quantidade para a America do Norte, Inglaterra e para o sul do Brasil. Pelas estatísticas dos Relatorios da· Associacâo Cornrnercial, verifica-se que em 1~74, foram exportados para o extrangeiro ·23.204 ·palmos de madeira. Em 1879, o valor oílicial alcançou a importancia de 25:552$200. Dessa data em deante, tendo augmentado o interesse pela exploração da borracha, no interior do Estado, começou a declinar a exportação da madeira e a elevar-se a da bor– racha, como se verifica da seguinte exrosição : . 1880 ..... . ... .. . 1881 .... .... .......... .. 1883........ .. ... ... . 1884.. ... ........ . .. 1885.. ·...... ····· ··· ··· · 1886... .... .. ..... . .. .... 1887..... .... ...... .... . VALOR OFFICIA L Madeira 7:165$900 5:001$950 2:459$980 6:401$500 4:326$780 5:802$000 1:703$460 Borracha 17.559:079$954 20.148:578$986 31.377:567$581 rn.9ü6:!l84$048 24.600:443$744 28.514:289$718 28.314:538$87 l Paralysada, ha 25 annos, a exportação de madeiras para o extrange iro, du– rante esse tempo não era explorado outro qualquer prmlucto natural cos que o Estado possue em grande quantidade, a não ser a borrach a, em que e ram em– pregadas tod as as activ idad es da populaçfo rural, que, por diminuta, não se podia dedicar a outro mester. Em r911-·1912, entretanto, foi recomeçada a ex– ploração <la madeira , vi sto como a borracha não proporcionava os lu cros com– pensadores de outros tempos. A principio a exportação da madeira foi muito pequena , isto é; em 19 12 , quando ella recomeçou a ser exportada. Neste anP-o sahiram, apenas , 309 ton e· ladas deste Estado, sendo 188 para o sul do paiz e 121 para o extrangei ro. um crescente animador, chegámos a exportar, em 1928, , r2 . 147 ton ela cl · s, SP. ndo 66 .966 para o extrangeiro e 45 . 181 para outros Estados do Brasil. 65

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