Mensagem apresentada ao congresso legislativo do Pará em sessão solenne de abertura
As nossa s ri qu ezas economicas, em g ran d e nl:1- Situação Economica me ro, u rna vez aprove i tada s, poderão res tabel ece r 0 equi líbri o da n ossa vida . T emos um erro a reparar. Quando a borr:ic~a e ra b i_u~ cotad a n_âo cu rámos de ou tras fon tes de riqueza, inciJinJo na pe ri gosa polttica J e a rri ma r roda a nossa econom ia na rend a de um unico proJ uc co . Não p::issa des perceb ido a n in – g uem g ue isso decorre u d e um phe nome no d e _~ rd em eco nomic.a ~e rfe i ta me nt e exp li cavel, qual o de se appl icare m rodas as act1 v1d ades na exploraçao da ioJus. tria extrac tiva q ue forn ecia aos capitaes e braços ne lla empregad os com pe nsaçõ es e xtraordioarias . Mas, não se pod e negar tambe ..n qu e esse sySrema de trab:u bo, embora lucrati vo concorreu pa ra a desorgani saçào da economi a do E tad o ' ' q uan do a concor renc ia da borra..:h a das Indi as d es locou o nosso p roducto do s m e rcados, na qua n ti dade e nos pre;os . Es tá demon strad o que no pai z o s E rc1<los m ais prosperas são justame nte aqu elles qu e assen ta m a su a po litica economica em va rias prod ucto:; comme rc iae:; e inrlustri ªes . Tomemos pa ra exe mp lo São P a u lo. Essa ce llula feJera tiva, com se r o emporio do ca fé , a m aior riqu ~za nacio – nal , n u nca se descuidou Je desen vo lver outras fonte s de producção. Vimo! 0 e m poucos an nos ga loar o terce iro Joga r na ex portação d e a lgodão e es tamo , pres – tes a veJ -o su bin:io no q uadro da ex portação naci o nal em o u tros productos . As su as indu st rias crescem d ic1 a d ia , e ntre ta nto, o café ainJ a é a m aio r fo nte d e ren da nacio na l. Nó s, como a té cer to ponto e ra natura l, empregamos toda a nossa actividade na ex ploração da bo rracha e soft? ente q ua ndo, apezar dos fact os i rre– to rgu iveis de nunci adores do deslocamento des te producto pelas pl a ntações das Iodi as , o í n d ice da nossa exportação desce u ao roais in firno n ive l, volvemos os ol ho s para outras fon tes de produ cção. Não fic amos ioacti \·os, mas, a nossa lucra na subst it ui ção dos nossos prod u– ctos fo i ma is crúa po rqu e en tão nos fal taram co nd içõ es fe lizes que antes nos accena ram com exito stguro. Q uem tem pe rfeit,1 cornpreh ensào do que rep rese nta u m1 m u tação de 5 sa natureza, pode c1lcul a r o valor de nosso trabalho e d 1 no 3sa fé nestes ul rimos vinte an nos. O ext remo no rte se deba te a inda em J iffi ..: u lJ ,des porq ue o t ra ba lh o da nova o rientação ,le cornrn e rcio loca l é um 1 o br.i q ue demanJ a tempo e pe r– severa nça. E, nesse a fan d e m elhores di as para a Aru1zon ia, não é raro ouvir- se em cada canto ce nsuras ao3 go vern os, com'.) se o m d q ue n os s ur pre hende u nos u l– titnos d ias de prospe rida de fo sse ob ra de íncuri a dos governantes . F.d le-se e m m edidas tendentes a cura r ma les ch ro nicos e e ntre estac; surge logo na bocca dos rna:s inco n tidos a idéa de u rna reforma de regí m en tr ibu taria , como se á in – cidericia dos impos tos ti vesse co nco rriJo com vu ltoso coefficie n te para a deba – cle ou como se fôra poss íve l, num rap ido golpe, desloca r a e ngrenage m adm i– nistrativa, moldada para uma epoca de prospe rid ade, red uzir ain da mais o s im – postos que recahem so b re a nossa p rod u ,çào. E' ve rd alle que o reg íme n tr ibuta· rio algumas vezes leva o seu con tin oe nte ao in successo comrne rci a l e industr ia l n , mas, no nosso caso, quem se der ao tra ba lh o de e stu Ja r as causas prox1mas e remotas de nosso fracasso econom ico, ch ega"rá á con clu são de q u e o fi sco pa;·a– e nse em nada d ift"c re do de out ros Es tados, se ndo, e m re lação a m ui tos produ - .. ctos, m u ito ma is parcimonioso na tax ação. 48
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