Mensagem apresentada ao congresso legislativo do Pará em sessão solenne de abertura

e abril-as aos que em nome do interefse scientifico universal, ou de origem commerci al, ou movidos por sentimento es th tico , nos pro– curam e visitam. Não é a pri meira vez que alludo a es a f eição caracter i tica do nosso povo e á circumsta ncia de er Belem o pri meiro ponto el e con– tacto com os que buscam esta maravilho a plan ície. B !em, por e tar equidistante de nossas . va ri a fr?n_t _iras, por ' ua si tuação geog ra – phica, collocada como fo i o ponto 1111 c1al cio r gimen hydr g raphico do grande vall e amazoni co, por seu in tercamb io comm re ia! com todos os por tos da Europa e da Ameri ca , fo i fadada a ser um nucleo com– mercia l do continente. V em dahi a necessi dade imperiosa d a polí – ti ca naval do paiz irradiar-se entre nós de modo effici ente, contri– buindo, assim, para a solução de nossos vitaes problemas ec:onomi– cos, que são verdadeiros ~rob lemas brasileiros, corr !atos com 0 nosso regímen potamograph1 co . ···· ······· ·· ··· ··· ····· ······· ... ..... .... .. ... ..... ···· · ··· . .. .. ..... . . ···· ········ ··· ··· · , .. ... .. Aqui, exmo. sr . min ist ro, fo i ? s_cen~rio onde os ar rojado pio– neiros da civili zação deste valle bra J! e1rof1z ram os seu aprestos para as «carav anas fluvi aes», para perco rrerem o meandros da terra :v irgem; aqui fo ram armadas. as primeiras ten?as de trabalho f ecundo que hau– ri a do seio da f lores ta secul ar as riquezas natu raes ; el e Belem par– ti am os defenso res da nossa terra para expulsa r o invaso res e com– bat er O genti o indomito que se oppunha, na def e a do olo nativo, á penetração civ ilizadora. E fo i em Belem que se armaram as naus que deviam incursi~nar os sertões, como d~ Sagres, ninho das gaivo– t as ma-r inhas e patn a ci os navegador s, pa rti am os nautas portuguezes pelo mar tenebroso. •• Di sse L amartin e que as nuvens assumem a confi guração dos paizes por onde passam, e Oliv eira i:1artins demonstra que o loca l, a si tuação geographi c~ das_ nações, ena__ as profi ões dos habi tantes. Pois bem, a· nos a s1tuaçao geog raph1ca , como aconteceu aos habi– tantes das cidades collocadas no fundo do M edite rraneo, fez de nós paraenses homens d~stin_a dos ao ma~. O nativo._o verdadeiro cabocl o paraense é um man~he1ro ~or atavismo, por 1nfl uencias ancestra es, e a contingencia da vida reg iona l, t razendo-o semp re sobre a grande massa liqui da, f êl-o mareante nato. Vale a pena vêl-o nas suas fra– geis embarcações, cava lgando o dorso azul do mar das costas, ou das aguas barrentas dos nossos lagos, tendo por guia_ as constellações em noites límpidas, ou o seu fa ro de navegante apaixonado nas sombras brumosas. Oil-o, eloquentemente, a vali osa contribuição que a nossa M a- r inha de Guerra r ecebe ann~~lme~ite do Pará em jovens des temidos. Ahi está a at testar a sua ef f1c1enc1a a nossa bem appa relhada mari nha merca nte, no seio da qual contamos com marinheiros competentes, muitGs dos quaes fi guram nos quadros das guarni ções dos navios de cabotagem. As classes marítimas do nosso Estado são poderosas pela sua excell ente organi saç~o e representam_ um fo r te elemento de pr o– gresso economico deste 1negual~~el labynntho liquido. No Imperi o, o nosso trn d1~1 ? 11 ª 1• Ar ena! de Marinha t eve dias de grande renome pela sua ~ffic1 enc1a no apresto de navios para a nossa A rmada de Guerra, ~ a111da agora, peza r das remodelações de que carece. é um estabelec1ment? na val de valor. Emfim a situação de Belem indi ca ás nossas autoridades da M arin ha que o nosso porto, por suas excellentes vantagens, ha de ser um dia pont o de concen– tração de forças navaes. 12 =

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