Mensagem apresentada ao congresso legislativo do Pará em sessão solenne de abertura

• • Attrib:it!m todos que suas reclamações não hajam chegado ás mãos de v. exc., por isso que nenhuma solu;ão obti vera m. . Dahi _ª reso lução de al gun s, cm beneficio de todos, de se diri gir em á c idade d~ faro~ onde têm negocios e ligações de amizade, e de commum accôr~o. 10cumb1rem o sr. Joaquim Paes de AndradP, membro de importante e trad1c1011al familia •faquell e municipio, actu alJTi ente no exe rcicio do cargo de juiz dt: direito da comarca , na qu alidade de primeiro supplent e, de tratar do assumpto junto ao Governo do Pará, em razã o de ficarem ditos castanhaes na parte litigiosa, ao que al lega m. Esse emissario, pessôa de destaque no logar, defensor da causa paraense, promptamente seguiu para Belem, onde s~ achav.t quando se deram os factos determinantes do entendimento de que fui incumbido. lII - No dia oito do corrente mez, ci::rca de duzentos homen s , em grande parte armados e municiados, tendo á frente Po::dro Fonseca, Mi guel Marcelino e João Raymundo, aos qu aes se alli aram João Feli x, vulgo «J,1ry» 1 e R .1ym11 ndo Veado, vindos dos castanhaes de «Daqua ry» , onde vivem e traba– lham, deso:: mbarcara m na cidado:: do:: Faro conduzindo Rapha el Ass:1yag, um dos ri::yu ercntes do, mencion ados cast:rnhaes. Embora nenhuma violcncia physica soffresse Raphael, todavia p,1ra ali fõra levado por aq uella gente qu e delle pretendia obter um documento publico de dc sistencia di:: quaesqu er pre– teoções ás terras que ro::qu erera . Logo ao desembarcarem se encami11haram a o tabdlião de Faro afim de qu e este lav rasse em suas notas uma escriptura nes~e sentido. Comprehend t: ndo, p:;rém, do que se tratava, o servent uario nf>gou-se a satisfazer-lh es o pedido, all egando que nenhum valor teria seme– lhante acto; aconst!lhou -os, então, qu e melhor seria entenderem-se com as auctorid adt!s da ilha Affon so de Carva lho, uma vez qu e as terras do <<Daqua– ry » estão na posse do E stado do Amazonas. Assim aconselhados, pretend e~ ram ir ao ponto indicado, no inluito acima alludido; não leva ram, porém, a effeito esse intento porqu:! obtiveram, mes mo em Faro, que Raphael lhes desse um documen lo particula r no se ntido dese jado . IV -- Nesse interim , chegaram ao conhecimer. to do tenen te Hollanda Cavalcanti, dcleg.:-.do de po licia da ill1.1, noticias tendencios:is, evidentemente adultt!rad,1 s, de que os «paraenses» iam atacar a ilha e as auctoridades amazo– ne nso::s, por cau sa de concessão de cast,111haes. O delegado, em virtude de taes informes, não dispondn de elementos de defesa, ca pazes de resistir ao ataque de que se julg,1va ameaçad o , auxiliado pelo coronel Antonio Rufino Teixe:ra, morado r no paraná do Aduacá, conseguiu reunir pouco mais de vinte homens , compete11teme11 tt! armado s e muni ciados, communicando o fa– cto ás n 1ctorid a es de Parintin~ e ao dr. Chefe de Policia . Era esta a situação, quand::, chegara m a Faro as primeiras notici as de Btlcm, reveladoras da s medidas toma<fa s pel os Gove rnos, patentea ndo o mais. incero desejo de, em acção conjuncta, solucionarem o incidente, e ao mesmo tempo dc desa;i p~ovaçâo forma l a qualquer \'i olenc ia. de onde qu er que par– t:s~e. Operou- se, então, a dcb,111dada dos exaltados , interna ndo-s e ua flore sta, cm direcção des:on lll'cida, até o momento de minh a pa ssr.gem por F;i ro. V -- Em traÇC'S ge raes foi o que se deu, não se podendo li ga r t3es fa– ctos, d irectamente, á questão de limites. Tr,1ta -se, como de prompto se comprehende, de um choque de interes– !,eS purarnente privados, de iod ividuos qu e, reclamandc para si a qualidade de a ntigos µossuidores dos casta nhaes, obj ecto d.1 compr.1 pretendida pelo commerciant!::S Assayag, chegaram ao extremo de uma m<1 nifcstaçâo collecti– va, ante a rerspect iva de sen:m dos mesmos desa loj ados . . .. . . ... ... ~ .. ' . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .. . .. . . .......... . .. ... ... ········ ... ...... ..... ....... ..... .. ........ ... ········ .......... ..... ... .. ... ..... . ... ... .. .... ... .... ····· ··· ··· ..... .. . ...... .. ' ······· ··· ·· ·· .. ........ .. VH - O falla do ataque á ilha Affonso de C ar valho e :ís auctoridades amazonenses, conforme se pretendeu Ltzer crêr, na realidade não existiu . 100

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