Mensagem apresentada a ALEPA

--- • . - Lucta o EStado na acquisição de· professores-normalistas para os grupos e esco– las do interior. Penso que .a. solução d'O problema se resolveria com a equiparação dOS vencimentos dos professores dos grupos do interior aos da capital. A preoccupação da. Secretaria é imprimir ao ensino primaria uma orientaçao nova. com a npplicação dos modernos processos educativos. Ainda não foi possivel rea– lizar aqui, como se deseja, as experiencias da escola activa, á maneira do que se vem observando nos centros mais adeantados do paiz. Temos fé que o alcança.remos no anno proXimo com a creaçã:-0 dos laboratorios necessarios. Entretanto, já. se· deu granoe passo na applicação do ensino globalizado, dos centros d'e interesse, na classificação dos alumnos, no serviço de testes, na introducção do füario de cla.sse e do cinema edu– cativo, na pratica dos ja.rdins de infancia, rigorosamente de accordo com os modernos proi:essos pedagogicos. O Governo lucta ainda com a exiguidade de material educativo e de pessoal technico, O nosso professorado necessita de orientação mais segura no que se refere á. pra– tica dos novos methodos. Mesmo a adaptação desses methodos é lenta, progressiva. soo a. base expeiime:ntal. A Secretaria estuda., com muito cuidado, o plano de organização do ensino rural, dentro da5 condições do meio e do trabalho para a fixação do horario, do pro– gramma das materia.s e escolha do methodo educativo a empregar. Por isso mesmo jUl– guei muito aceitado iniciar o curso de aperfeiçoamento no anno proximo, fazenda-o, por egual, um laboratorio da cultura pedagogica. Na capital as orientadoras do ensino enviam á Secretaria semanalmente um graphico em que registam todas as suas actividades em torno da inspecçãD e orientação feitas, directamente, nos grupos escolares e nas escoLa.s suburbanas. o serviço de orientação e inspecção do ensino foi organizado e distribuído de modo a se tornar efficiente e harmonico. Com a methodização desse tão importante serviço verifica-se melhor unidade e controle em todos os trabalhos escolares articulados para um só fim, que é dre amplificar e coordenai· o ensino dentro das novas orientaçõeS pedagogicas. A Escola Normal, estabelecimento de tradição em nossa terra, que tem form.a<1o, ;proficientemente, o nosso magisterio, deve ser transformado num instituto de educação, ã. semelhança dos que foraxn creados no sul do paiz. Já me venho batendo por essa re– forma desde annos atraz. Agora tive o prazer de encontrar harmonias de vistas, neste sentido, com a direcção actual da mesma casa de ensino, como se verifica do Relatorio que envic>u a N·ta secretaria. E' necessario um ,professorado que esteja de posse de todo o conhecimento pra– tico e desenvolvido dos novos metbodos da chamada educação funccionaJ, tão victono– samente acceita em todos os grandes Estados do paiz e que não é mais do que um fructo de evoluçao da chamada educação tradicional. o ensino no interior do E;stado está. sob o controle das inspectorias escolares. Os insoectores que, actualmente, se acham em serviço pelas zonas escolares, observam, de p?rto, as condições e as necessidades em que se encontram as escolas ruraes. Já. fo– ram inspeccionados neste·s seis mezes de lninha administração os municipios do Baixo– .amazonas, Tocantins e toda a zona da Estrada de Ferro de Bragança. Está f:endo executado, satisfactoriamente, o programma mínimo estabelecido para o ensino rural, com larga remessa de material escolaJ.· para as escolas desprovJdBS e necessitadas. Pretende-se' tornar, em realidade, 0 ensino de alphabetização de ctols annos, já estabelecido no Regulamento do Ensino, desde 1934 e de tão immedJa.ta• ne- cessidade . 109

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