Mensagem apresentada a Assembléa Legislativa do Pará, em sessão solenne de abertura da 2ª reunião de sua 1ª legislatura

O commentario sobe de valor no momento que o paiz atra– vessa, cm lucta aberta com o surto extremista que, embora domi– nado, ameaça, ainda, as nossas instituições e o regimen. C?lloc·rndo-nos desde o inicio do governo superior a luctas de p_artidos, procurando agir, sempre no interesse do Estado, con– segmm_os, apezar de todo os obstaculos que embaraçaram o des– envolvimento das medidas administrativas necessarias ao bem e ao regular andamento dos negocios publicos, realizar algumas, que re– putamos proveitosas ao Estado, no terreno economico-financeiro, como no da educaçilo, cultura e saúde, envidando por outro lado, esforços por imprimir a todos os departamentos e sectores da ad– ministração nm'mas novas e seguras de trabalho e actividade. E' o que verificareis da exposição que passamos a fazer nos capitulos a seguir, os quaes condensarão os nossos actos, comple– tados pelos relatorios parciaes e os annexos que, espero, vos elu– cidarão devidamente para a justa e recta fiscalização, que dos mes– mos por direito vos cabe. Não é má a situacão economica do Estado Situação Econornica As estatísticas, que podemos obter, falha~ ainda, por não se achar ,~evida e definiti– vamente apparelhado o Instituto, que para e:;se fim creastes, indi– cam, pelo accrescimo da exportação cm 19:35, m~lhoria de produ– cção e, mesmo, uma satisfatoria vitalidade econ?m1ca, sem embargo de pers istencia da situação instavel dos negocios em geral. Pode– mos assignalar um accrcscimo do 6.008.018 kiJos no total de expor– tação do Estado cm 1935 comparativamente com o de 193-L No respectivo quadro figuram 61 productos exportados, sendo que, postos á margem alguns que não sendo propriamente do Es– tado foram ao mesmo incorporados para esse eHeito, 21 indicam diminuição e 40 accrescimos bem apreciavcis. Dentre os productos do Estado, cuja quantidade c.'portada diminuiu sensivelmente figu– ram : a farinha de mandióca, que de 19.981.245 kilos sahid~s em 19:34, contra 7.57:3.92K_ em 1~:35 sofüeu uma ~iminuição de 12.!07.,'?lí na exportação. O nulho nao te':e e;·portaçao em 1935, tendo sido de 242.395 kilos a d? 3:nn~ ~nter101:. As sementes oleaginosa.;; tive– ram por sua vez, dunmutçao sens1vel: 156.207 kilo difi'Nen<.'a da qua~tidade exportada em tn:}!, 2.011.803, em compal'l.~çüo com a de 1935, 1.b55.596. , O algodão teve cm 1935 um decrcscimo de 1.0-W. :J-!7, cifra de diminuição indicada entr~ uma exportação de 2.0H7.149 cm 193.J, contra 1.056.b02 no anno f mdo. O arroz soflreu uma diminuição de 58L870 kilos em 19:15 na exportação. Causas indicadas como justificativa.:; det,;sa quéda nos princi– paes productod agrícola:;, fa1·inha de mandi!)ca e a crueira, o milll_o e o algodão, suo os impostos que os atting1am e nenh~1m lucro dei– xavam aos productores, determinando o exodo dos ~gr1cultor~s. que, por cllcs tolhidos, abandonaram as sunf, plantaçoes e emigraram para o noi·do •te. A das semente~; olc~1gmosa_s explica-se !)elo au– gmcnto da prnclucção de olcos O ~aboe~, CUJO.-,,. algari•:mo3 se ,..:_le– varam, como se verifica da e.statist1ca. A nossa mdustna cxtractiva coube ainda, pelos motivos expostos, a primazia sobre as demais. ' •

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