Homenagem a Graciliano Ramos

d d Grac ili'ano, tem- eco o seu rama interior; peramento antiexplosivo, não grita. nem ges– ticula, nem em público nem em particula·r: ele é sempre medido, comedido, muito senhor do que escreve e do que diz, mas o seu drama subterrâneo está raivando com fúria lá em bai– xo da superfície lisa e clássi'ca. Mesmo as angústias visíveis de Luiz da Silva não pas– sam de leves tremores, que apenas refl etem, à flor da pele, as ano·ústia s vulcânicas em que ~ se debate a alma penada do romancista. Em segundo lugar, Graciliano Ramos nos oferece um exemplo de p rimeira ordem de co– mo o regionalismo e O universali'smo não são incompativeis _ pelo contrário! Tudo, nos . seus rom_ances, personagens e ambientes , pes– soas e coisas, tudo quanto há neles de vivo ou de iner t d · 1· _ e se acha impregnado e reg10na 1s- mo, vincado e marcado de N ardeste brasileiro. o . f ., . meio 1s1co em que se movem as gentes e os bichos, a maneira de viver e de traba lhar, os pensamentos e os sentimentos, os modos de falar e de não falar, tudo aquilo é tipicamente nordestino M h, d , . · as a em tu o, como o propno sangue que dá vida a tudo, uma força motri z 95 F

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