Homenagem a Graciliano Ramos

{ GraciliÓno Ramos /' Eis um homem de fal a mansa, mag ro de carnes, polido de maneiras, amigo da boa ca– maradagem, mas desconfiado como ele só. 13:' o r omancista Graciliano Ramos, CUJO car::iter literári'o pode ser definido por uma única pa– lavra: complexidade. Trata-se, co111 efeito, d e um autor cheio de singularidades e complica– ções. O tipo do assunto dificil, e por isso mes– mo infinitamente fascinante. Graciliano Ramos aparece-nos, em primei– ro lugar, como um atormentado, dessa mesnia família de atormentados que já nos deu um Raul Pompéia e um Euclides da Cunha. Con 1 a d ife r ença , neste caso a favor de Gracilia 110 . , que a sua atormentação se manifesta muito menos pe!as formas de expressão <lo que Pelo conteudo n1esmo da sua obra. Pompéiâ e Ett– cl ides gritam e gesticul a in cm públ ico, e n '-Ul cada palavra que escrevem vamos encontra 1 0 94

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0