Homenagem a Graciliano Ramos
tação mórbida dos sentidos de Luiz da Silva . E noites de névoa, frias e esbranquiçadas, tra– rão à lembrança a sugestão do crime . • Ao matar Julião Tavares, dá Gracilia.no Ramos cabo de tudo quanto odeia na vida: o tipo balofo, suado e sorridente, despido de es– crúpulos, rico, parasita, inutil e satisfeito de s1 mesmo, o tipo que não luta, não sofre, e, sobretudo, não duvida . • Já quando triunfa, tendo conseguido São Bernardo, as terras que ambicionava, já quan– do se faz, pela sua posição econômi'ca, respei– tado, quando se torna importante na balança social da sua terra, é que aparece a Paulo Ho· nório a figura que o tirará do anonimato. Sem Macla1 ena, sem os ciumes primários que ela inspira ( é tão diferente de tudo que ele até en· tão conhecera que lhe dá medo), sem o suicí– dio dela, não nasceria ele para a realidade do romance. VI Não falta digni'dade aos tipos de primeiro 83
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