Homenagem a Graciliano Ramos

.. E' 11 m método para anular a obra do Demi'ur– go. "Revogam-se as disposições em contrá– rio." E tornam-se inuteis todas as revolu– ções. Em comparação com aquela ironia su– prarrealista, todas as revoluções, intimalmen– te ligadas a este mundo de maldição p9r meio dum otimismo crédulo nas transformações ex– teriores, parecem ridiculamente i'neptas, impo– tentes contra "the ingenious machinery contri– ved by the Gods for reducing human possibi– lities of. amelioration to a minimum." Acre– dito que Gracili'ano Ralmos pode conformar– -se com esta frase de Thomas Hardy. Conhe– ço bem ou bastante as süas convicções, para ·fi– car,-eonvencido, da minha parte, que represen– tam apenas a superfície do seu pensamento. Não são transformaveis em arte; e isto é signi– ficativo. Luiz Padilha e o judeu Moiséz não são heróis revolucionários. Cada vez que o romancista cede .à tentação de formular pro- ' gramas de reformas sociais - a professora Madalena fala assim - cai logo na armadilha do seu in!imigo mais detestado: o lugar-co– mum; no caso o lugar-comum hümanitário, da "generosidade", que o seu crítico mais incom- 66 I

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