Homenagem a Graciliano Ramos

- Não sou cqmo José Américo - disse que primeiro escreve na cabeça e dep•ois transporta o livro para o papel. A obra de criação, para mim, é qua·se sempre imprevista. E espontânea. Refaço tudo, depoi's. Escrever dá muito trabalho. A gente muitas vezes não sabe O que vai fazer. Sai tudo diverso do que se imaginou. Lembro o caso do Zé Lins~ por .exemplo. Estava em Maceió quando escreveu Banguê. Zé Líns pretendia contar a história de Usin~ No fim do quarto ou do quinto ca– pítulo, enveredou sem querer por outro lado. Usina acabou sendo o quinto volume da série que o romancista, depois, intitulq\1 "Ciclo da cana de açucàr". Na casa de Graciliano, todos conversam literatura. Clarita Ramos, linda m~nina de 9 anos, adora Manuel Bandeira. Sabe de cor muitos dos versos do grande poeta. Luiza quer continuar com o pai A terra dos meni~os P,el~dos. Maria Augusta, a mais velha, do pri– meiro casamento do escritor, lê e discute a obra paterna. E d. Heloisa, sra. Graciliano 53

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