Homenagem a Graciliano Ramos

' r Eleito, o 1najor Graça pôs-se a trabalhar. O município era pobre, 47 contos-de orçamen– to. Tratou de aumentar as rendas. Começou a abrir uma estrada de rodagem, sertão a den– tro. Era preci'so. O relatório do primeiro ano de administração do novo prefeito de Palmei– ra dos índios havia de causar escândalo. Me– tia O pau no governo estadual, rijo, sem me– do. As tipografias ele Jviaceió, desta vez, não quiseram saber de imprimir o folheto. O ma– jor não se deu por vencido. Mandou o r ela tó- rio dactilografado ao governador. E perou que acontecesse o diabo. Não aconteceu. Qual não foi o espanto de Gracilia– no Ramos quando um dia vieram avisá-lo de que 0 governador mais o secretário da Fazen– da estavam na cidade e desejavam falar ao prefeito! O relatório fora publicado na íntegra no Diário Oficial e no Jornal de Alagoas. Es– gotaram-se as edições. O governador se aba– lara da capital num automóvel para vi'sitar o prefeito de Palmeira dos índios. Era a vitória total. Esse relatório acabou mesmo célebre. Lendo-o, um editor do Rio, chamado A~gusto 47

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