Homenagem a Graciliano Ramos

tra gente que sabe ler. O cidadão de Maceió citava romances e mais romances, Eça Pra cá, Anatole pra lá. Estava era provocando E n t ã o Gr.acili'ano Ramos d esandou a falar d~ luso e do francês, que foi um n unca a caba r. o fato é qu e conhecia um e outro mui to mais que o seu interlocutor. O homem da roça dava li– ção1 d e li teratura ao cidadão de Maceió, que ficou completamen te grog. / P ouco tempo d epoi s G raciliano Ramos er a surp r eendido com a nomeação de presiden te da Jun ta E scolar do m u nicípio. P ensou em re– cusar , m as acabou aceitando a prebenda, que tomava tempo e n ã o dava dinheiro al gum. Em todo caso, servia como ocupação diversa do seu ofício de negociante e litera to n as horas vagas , para disfarça r o aborrecimento dos maus negóc ios que anda va fazendo. ( A cri se atra– p-alhou mui to a vida de Gracil iano.) No fim do ano, o presidente da Junta Escolar escre– veu o seu relat ório, mandou imprimir um fo– lheto, enviou-o a o d iretor d a Ins t r uçã o Públi– ca . O r elat ór io impressionou de tal forma que o aut or acabou s endo in d icado para o cargo de prefeito mun icipa l d e Palmeira · dos Índios. 46

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